A taxa de desemprego no Brasil ficou estável em 11,1% no primeiro trimestre do ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% conforme a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O número mostra que o período ficou estável em relação ao período anterior. Entretanto, o mercado esperava que a taxa de desemprego ficasse em 11,4%.
No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego havia chegado no pico de 14,9% e vinha caindo desde então. A taxa divulgada nesta manhã é a menor para um trimestre encerrado em março desde 2016, quando também foi de 11,1%.
Além disso, o IBGE também registrou estabilidade no número de desempregados, que chega a 11,9 milhões de pessoas. Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% na mesma comparação, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho.
Aliás, pelo levantamento, o Brasil será a 9ª economia com a pior estimativa de desemprego no ano, de 13,7%. A média global será de 7,7%, enquanto entre os emergentes o nível de desemprego será de 8,7%, de acordo com o ranking da Austin Rating.
Taxa de desemprego estável, porém preocupante
Entretanto, a estabilidade registrada nos três primeiros meses de 2022 não é um cenário comum para esta época do ano, quando, normalmente, aumenta o número de pessoas procurando uma oportunidade de trabalho, segundo a coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
“Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início ano. O trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, afirma. A taxa de desocupação é a menor para um trimestre encerrado em março desde 2016, quando também foi de 11,1%.
Entre os países do G20, o Brasil é a segunda pior economia para os trabalhadores, perdendo somente para a África do Sul. No ano passado, o Brasil encerrou o ano com taxa de desemprego em 13,2% e 13,8% em 2020.
Fonte: agência brasil