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Superquarta define rumos da economia para o próximo ano e possibilidade de indicações de afrouxamento da política monetária no Brasil Imagem: Gabriel Galípolo do BC e Jerome Powell do Fed / Agência Brasil

Superquarta de 2025 deve sinalizar cortes de juros nos EUA e expectativa de afrouxamento no Brasil

Superquarta define rumos da economia para o próximo ano

A última superquarta de 2025, marcada para 10 de dezembro, promete movimentar os mercados globais e sinalizar as perspectivas de economia para o próximo ano, com a expectativa de um novo corte das taxas de juros nos Estados Unidos e a possibilidade de indicações de afrouxamento da política monetária no Brasil.

O Banco Central dos EUA (Federal Reserve) e o Copom, do Brasil, iniciam suas reuniões a partir desta terça-feira (9), divulgando os resultados na quarta-feira. Nos Estados Unidos, a decisão será anunciada por volta das 15h (horário de Brasília), enquanto no Brasil, a Selic será divulgada a partir das 18h30.

Cenário brasileiro

No Brasil, o consenso entre analistas é que o BC manterá a Selic em 15%, pela quarta vez consecutiva. O foco, no entanto, está no comunicado e nas mensagens transmitidas pela autoridade monetária, que podem sinalizar futuras mudanças.

Uma pesquisa da Reuters apontou que o mercado aposta em um possível corte da Selic no próximo trimestre, ainda que a opinião não seja unânime. Entre os 36 analistas que responderam sobre os próximos passos do BC, 19 preveem um corte em março, 14 em janeiro e três em abril.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou recentemente que há sinais mistos na economia. Por isso, reforçam a necessidade de uma postura “humilde e conservadora”. Além disso, essa cautela se mantém, pois a atividade econômica desacelera. Isso ocorre especialmente depois que o PIB do terceiro trimestre ficou ligeiramente abaixo do esperado.

Federal Reserve e expectativas nos EUA

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram (5), impulsionados por dados econômicos que reforçam as expectativas de um corte na taxa de juros. Atualmente, o mercado precifica 87% de chance de uma redução de 25 pontos-base na reunião desta quarta, segundo o Fed Watch do CME Group.

O Departamento de Comércio informou que os gastos do consumidor aumentaram 0,3% em setembro, alinhados às estimativas, após revisão para baixo do crescimento de agosto.

Além disso, um relatório da Universidade de Michigan apontou melhora no sentimento do consumidor. O índice atingiu 53,3 no início de dezembro, acima da previsão de 52.

“O momento atual indica alta probabilidade de que o Fed corte as taxas em mais um quarto de ponto”, afirmou Michael Sheldon, vice-presidente da Washington Trust Wealth Management, em Connecticut.

Perspectivas para 2026

Com o cenário internacional e doméstico, investidores monitoram a superquarta como indicativo do rumo da economia global e brasileira para o próximo ano, especialmente em relação às taxas de juros, que impactam diretamente crédito, investimentos e consumo.

Fonte: Veja