O Sirius realiza na segunda-feira (16) uma visita virtual guiada.
Superlaboratório Sirius faz com visita virtual guiada para o público
O início da operação de uma estação de pesquisa do Sirius, em Campinas (SP), representa um grande salto das pesquisas científicas
O Sirius, superlaboratório de luz síncrotron de 4ª geração, instalado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), realiza na segunda-feira (16) uma visita virtual guiada por dentro do acelererador de elétrons brasileiro. Aliás o evento celebra o Dia Internacional da Luz.
Além disso os visitantes virtuais poderão conhecer técnicas e recursos utilizados para desvendar a estrutura dos mais diversos materiais.
Líderes das diversas linhas de luz, que são estações de pesquisa que estão entre as mais avançadas da ciência e disponíveis atualmente em poucos lugares do mundo, serão os guias dos visitantes.
Sirius em operação
Maior projeto científico brasileiro, o Sirius realizou em julho de 2020 os primeiros experimentos ao obter imagens em 3D de estruturas de uma proteína imprescindível para o ciclo de vida do novo coronavírus.
Em setembro de 2020, um grupo do Instituto de Física da USP de São Carlos utilizou o acelerador na busca por uma “chave” para desativar o novo coronavírus. Foi o primeiro experimento de pesquisadores externos no Sirius.
Em outubro, a linha de luz batizada de Manacá, a primeira das 14 previstas na primeira fase, passou a operar oficialmente e a aceitar propostas de outros objetos de estudo que não a Covid-19.
O que é o Sirius?
De fato é o principal projeto científico do governo federal, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração. Desse modo, ele atua como uma espécie de “raio X superpotente” que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.
Além do Sirius, há apenas outro laboratório de 4ª geração de luz síncrotron operando no mundo: o MAX-IV, na Suécia.
Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz. Sendo assim, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Logo depois, os elétrons vão para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para realizar os experimentos.
No entanto esse desvio é feito com a ajuda de imãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.