A produtividade média estimada é de 56,38 sacas/ha e a produção esperada é de 12,773 milhões de toneladas de soja
A área plantada de soja em Mato Grosso do Sul deve atingir um novo recorde na safra 2021/2022, com 3,776 milhões de hectares. Isso significa que a área destinada à cultura será de 7% maior em relação a safra 2020/2021. A produtividade média estimada é de 56,38 sacas/ha e a produção esperada é de 12,773 milhões de toneladas de soja.
Os números apresentados, portanto, pela Aprosoja/MS (28), no Canal do Boi, durante o lançamento do plantio, em virtude do fim do vazio sanitário.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a previsão de redução da produtividade em relação à safra anterior se deve, do mesmo modo, à incerteza climática.
“Acho que isso [expectativa de volume menor da produção] é uma segurança principalmente do Siga, do programa da Aprosoja, diante da incerteza climática. Nós não sabemos como esse La Niña vai se desenvolver no período de plantio e de colheita. É muito mais uma segurança. A expansão da área é algo, acima de tudo, extremamente relevante no Estado.”, avaliou.
Grande gargalo para soja do Mato Grosso do Sul
Reinaldo Azambuja também falou, nesse sentido, dos investimentos na diversificação e integração dos modais logísticos para escoar as produção e atrair investimentos, que vão agregar valor à produção.
Porto Murtinho está recebendo terminais portuários. A contratação do consórcio que vai construir a ponte bioceânica, dessa maneir, homologou-se dia 24. Medida provisória do presidente Jair Bolsonaro permite o arrendamento e a revitalização da Malha Oeste. E, ainda, a Ferroeste está na fase final do Evtea (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental).
“Outros países têm uma logística muito mais competitiva. Qual o grande gargalo nosso? Avançar em uma logística de escoamento das riquezas produzidas e da importação dos insumos porque o custo da produção impacta tanto para você vender os produtos, quanto a importação dos insumos, dos fertilizantes.”, contou o governador.
Produção de soja do Mato Grosso do Sul
“É inconcebível pensar que hoje 95% da produção sul-mato-grossense transportada por caminhões, que não têm a mesma competitividade. O custo é, portanto, maior”, acrescentou.
Para o secretário Eduardo Riedel (Infraestrutura), são investimentos, em contrapartida, que conferem competitividade a Mato Grosso do Sul. “O investimento nos três modais dá competitividade ao agronegócio e atrai indústrias que geram valor aos nossos produtos. Recebemos empresários em busca do apoio do Estado e temos essa capacidade de gerar o investimento”, disse.
Soja em todo território
No último dia 15 de setembro, acabou o período de vazio sanitário da soja no Mato Grosso do Sul e já é permitida a semeadura da soja do Mato Grosso do Sul. Estudos da Fundação MS mostram que o setor está investindo cada vez mais em tecnologia para ter maior desempenho no campo.
A data-limite de início do cultivo é 31 de dezembro e o prazo para cadastro das áreas que direcionam-se ao cultivo de soja junto à Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) termina no dia 10 de janeiro de 2022.
Nível tecnológico e o empenho sustentável
O presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, destacou, em suma, que os resultados obtidos pelos produtores rurais se devem ao uso das tecnologias.
“São mais de 10 anos que representam o nível tecnológico e o empenho sustentável do agricultor sul-mato-grossense. Essa área avançou, tal qual, de 1,7 milhão para 3,5 milhões de hectares na última safra, em cima de áreas antropizadas ou substituindo culturas já existentes, como pastagem e cana-de-açúcar”, afirmou.
Conforme o secretário Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), de 2015 até agora o Estado incorporou 1,2 milhão de hectares novos na agricultura. Isso, acima de tudo, graças ao emprego de tecnologia e políticas públicas que garantem a conversão de áreas com sustentabilidade.
Colheitas agrícolas
“Também temos transformado nossas commodities agregando valor à produção e aumentando a demanda pelos grãos. Prova disso que temos 27,15% da safra comercializada sem nem ter sido plantada”.
Já o presidente da Famasul, Marcelo Bertone, disse que os resultados das colheitas agrícolas em Mato Grosso do Sul se devem, dessa maneira, à aptidão do Estado, ao uso de tecnologias cada vez mais avançadas e às políticas públicas, como a melhoria e implementação de estradas e pontes, dando competitividade à produção.
Foto: Chico Ribeiro