Lamentou-se ainda o fato de muitos trabalhadores do setor estarem sem receber salários
Catástrofe iminente do Sistema de saúde do Afeganistão
Também esta quarta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, fez declarações, dessa maneira, ao fim de uma visita à capital do Afeganistão. Em Cabul, Tedros Ghebreyesus revelou que teve encontros com líderes do Talibã, trabalhadores de saúde, pacientes e funcionários da OMS.
Segundo Tedros, o sistema de saúde afegão “está à beira do colapso” e sem ação urgente, o “país enfrenta uma iminente catástrofe humanitária”.
O chefe da OMS explicou, contudo, que a visita ao Afeganistão serviu para ver de perto quais as principais necessidades da população e definir maneiras de aumentar, com urgência, a resposta ao sistema de saúde.
Vacinas de Covid-19
Tedros afirmou que “com base nos princípios da ONU de neutralidade e indepedência”, foi possível ter um “diálogo construtivo sobre diferenças e para encontrar soluções para que a agência possa continuar ajudando milhões de afegãos inocentes, afetados por décadas de conflito”.
O maior projeto de saúde do país, Sehetmandi, está funcionando com apenas 17% da capacidade. Tedros Ghebreyesus afirmou, nesse sentido, que já há impactos negativos nos esforços para combater a pólio, tratar de pacientes em situação de emergência ou com Covid-19.
Situação é tão grave
A situação é tão grave que o chefe da OMS afirmou que muitos profissionais de saúde do Afeganistão acabam tendo que tomar a difícil decisão sobre salvar pacientes ou deixar morrer.
As taxas de vacinação contra a Covid-19 também em declínio. E existem, portanto, 1,8 milhão de doses no país sem ser usadas. Além disso, o Afeganistão é uma das duas nações do mundo onde a pólio continua endêmica e por isso é importante continuar o trabalho para se erradicar a doença.
A OMS e parceiros já estão prontos para uma campanha de vacinação porta-a-porta contra a pólio e também contra o sarampo e a Covid-19.
Fonte: Onric.org