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Os serviços de Saúde em MS estão na pauta da ALEMS. Foram discutidas atuações da Cassems, UPAs e uma possível abertura de CPI Foto: ALEMS

ALEMS: Deputados debatem prestação de serviços de saúde em Mato Grosso do Sul

Serviços de Saúde em MS estão na pauta da ALEMS

Na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) o deputado 2º vice-presidente da Casa de Leis, Zé Teixeira (PSDB), abordou a prestação de serviços de Saúde em MS e no Brasil. “Vi um debate aqui na Casa de Leis, sobre a Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems), que não traz frutos. Entendo que a Cassems tem prestado um grande serviço para os seus beneficiários, inclusive porque foi feito um investimento expressivo, nos últimos anos e abriu várias especialidades que nem existiam”, disse.

“Quero falar na saúde brasileira, a saúde de todo o País porque se nós falamos aqui de nosso Estado, o Mato Grosso do Sul, que é um estado rico, um estado no Centro-Oeste, imaginem vossas excelências que conhecem o que passam os nordestinos lá nos confins do seus municípios, no Agreste, as vezes longe, com estrada de chão e não tem nem condução para poder se locomover, fazer um exame preventivo e jamais um tratamento curativo”, explicou o deputado Zé Teixeira.

Momento delicado no município de Dourados

E continuando o seu relato, o 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa, considerou o momento delicado no município de Dourados. “Estamos passando por um momento de muita dificuldade nas cirurgias cardíacas, porque lá, segundo o médico que trabalha nesse setor, uma pessoa fantástica, o Dr. Cantero, que abre as portas dele até a noite para salvar vidas, disse que não há mais recurso financeiro, porque venceu o contrato com o convênio no dia 30 de setembro, e o custo de uma cirurgia é de R$ 15 mil, não importa quantas pontes de safena sejam colocadas, já na iniciativa privada, para entrar num hospital, o paciente, se tiver condições tem que deixar R$ 100 mil em depósito”, revelou Zé Teixeira.

“Tenho certeza de que muita gente vai morrer desse mal, porque as pessoas não aguentam. Frequentemente, chegam infartadas e vão para uma Unidade de Pronto Atendimento [UPA]. Em seguida, tomam remédio para conter a dor e esperam a vaga zero. Além disso, é difícil trabalhar num país assim e, ao mesmo tempo, criticar um hospital ou um plano como a Cassems. Considero que a Cassems é um dos melhores do Brasil”.

Hospital da Cassems em Dourados é o melhor do município

Zé Teixeira continua: “Afinal, pelo menos, temos um administrador que abriu 11 hospitais. O hospital da Cassems em Dourados é, sem dúvida, o melhor do município. Além disso, abriu várias especialidades, incluindo a cirurgia cardíaca. Quem mexe com a oncologia em Dourados é a Cassems. Quero dizer que o problema não é de A, B ou C. Ao contrário, trata-se de um problema brasileiro. Atualmente, estamos com a saúde falida. Além disso, presenciamos um desperdício de dinheiro do atual gestor público federal em todos os setores. Não adianta dar uma cesta básica para a pessoa comer, se ela não tem saúde e não pode ser curado”, ressaltou.

Sobre a situação de Dourados, o parlamentar concluiu com uma fala que teve com o secretário de Estado de Saúde (SES), Maurício Simões. “Pedi para o Estado ter disponibilidade de aporte da cirurgia cardíaca até dezembro para a gente sentar com todos e credenciar os hospitais que atendem essa especialidade, porque todas as especialidades estão ruins, eu realmente não sei o que está bom no País, porque para quem paga 40% de imposto, tá ruim a Saúde em todas as esferas”, considerou.

Grupo de pessoas recebido recentemente

“Recebemos um grupo de pessoas, integrantes de uma associação de beneficiários da Cassems”, informou o parlamentar. Além disso, eles apresentaram uma série de reclamações e pediram investigação. O grupo solicitou também a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito [CPI]. Contudo, do ponto de vista jurídico, considero que nem cabe uma CPI para investigar a Cassems. Isso ocorre porque se trata de empresa privada. Ainda assim, alegam que ela recebe recurso público, descontado do servidor e com parte patronal do Estado.

“Eu até assinaria se eles apresentassem um fato determinado, algo concreto, denúncia séria, denúncia genérica não é motivo para abertura de CPI e investigação. A Cassems conta com órgãos de investigação, auditoria e controle. Ainda assim, não existem planos de saúde 100% perfeitos. Além disso, atualmente, é difícil encontrar médicos credenciados por planos. Alguns profissionais se descredenciam; outros demoram cerca de um mês para atender.

“Essas reclamações estão presentes em todos os planos de saúde e, sobretudo, até no Sistema Único de Saúde [SUS]. Trata-se de problema generalizado. Hoje mesmo, abordei a suspensão de cirurgias bariátricas. Contudo, essas denúncias sobre a Cassems parecem políticas e não visam melhorias reais no plano”, concluiu Pedro Kemp.

Fonte: ALEMS