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Senadores brasileiros irão aos EUA para discutir tarifaço. Nelsinho Trad (PSD-MS) e Tereza Cristina (PP-MS) fazem parte da comitiva Foto: Saulo Cruz/Ag. Senado

Senadores brasileiros irão hoje aos EUA para discutir tarifaço

Senadores brasileiros irão aos EUA para discutir tarifaço; missão partirá na sexta-feira (25)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, realizou reunião virtual (23), com os oito senadores brasileiros que irão aos EUA para negociar tarifaço de 50% imposto sobre os produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1º de agosto. A missão partirá na sexta-feira, 25, e os parlamentares devem cumprir agenda de segunda, 28, a quarta, 30.

“Alinhamos os próximos passos da missão diplomática com foco, diálogo e cooperação”, escreveu em seu Instagram o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da comissão que irá negociar as taxas, sobre a reunião realizada com o Itamaraty.

O esforço do Senado, que busca negociar ou atrasar as tarifas, foi criticado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, o político compartilhou em seu perfil no X (antigo Twitter) um vídeo em que o blogueiro Paulo Figueiredo chama ex-ministros de Bolsonaro de “traidores da pátria” por integrarem a missão. Dessa forma, Eduardo reforça sua desaprovação ao grupo e intensifica a crítica pública. Assim, evidencia o posicionamento contrário às ações do Senado nesse processo, reforçando o debate político em torno do tema.

O senador Marcos Pontes (PL-SP) foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações no governo de Jair Bolsonaro. Além disso, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) atuou como ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na mesma gestão.

Eduardo Bolsonaro rejeita tentativas

O filho do ex-presidente rejeita as tentativas de reverter o tarifaço. Segundo ele, a única solução para impedir as taxas é uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para os condenados pela trama golpista, incluindo seu pai. Assim, defende medidas rigorosas para proteger os interesses políticos e familiares envolvidos.

Eduardo afirmou que “tais parlamentares não falam em nome do Presidente Jair Bolsonaro” e que a missão dos senadores está “fadada ao fracasso”. Além disso, o vídeo do blogueiro Paulo Figueiredo, anexado na postagem, afirma que funcionários de alto escalão nem sequer receberão os senadores.

A missão do Senado ainda conta com a presença de petistas. O senador Jaques Wagner (PT-BA) motivou mais críticas de Eduardo. Ele ressaltou que “o constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula”, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA, escreveu em seu X.

O filho do ex-presidente afirmou (21), que participou de reuniões com membros do governo americano, nas quais discutiram o tarifaço. Ademais, o presidente americano, na carta que comunicou as taxas, pediu pelo fim do julgamento de Jair Bolsonaro e afirmou que as investigações sobre sua participação na trama golpista são uma “caça às bruxas”. Dessa forma, as declarações reforçam o clima de tensão política e diplomática entre as partes envolvidas.

De acordo com o senador Jaques Wagner, que integra a missão, o governo dos EUA não responde tentativas de negociação. “Há uma carta entregue ao governo americano desde 16 de maio que ainda não nos foi respondida. Espero que tenhamos sucesso”, afirmou em vídeo no seu X.

Fonte: Infomoney