A pasta exige que no documento as unidades da federação informem qual o tamanho da fila, a expectativa com o plano de redução
O governo federal promete levar profissionais de saúde para o Norte do país e realizar atendimento noturno e aos finais de semana para tentar zerar a fila de cirurgias eletivas do SUS (Sistema Único de Saúde), uma das prioridades dos primeiros 100 dias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Assim, a pasta anunciou em janeiro que o Programa Nacional para Redução das Filas fará o repasse de R$ 600 milhões a estados e municípios para a realização desses procedimentos. A primeira parcela do recurso, de R$ 200 milhões, será entregue com a aprovação do diagnóstico enviado pelos estados.
Aliás, em entrevista, o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, faltam informações, mas estima haver de 2 a 3 milhões de cirurgias represadas no país.
Portanto, os estados e municípios ficaram responsáveis por enviar informações dos procedimentos represados e as prioridades. Dessa forma, o Ministério da Saúde terá um diagnóstico preciso da situação no Brasil.
“Estamos aproveitando para entender qual o mecanismo de cada estado para saber sua fila. Tem fila que os estados organizam, que os municípios organizam, tem fila dentro do hospital. Os pacientes transitam de uma fila para outra e nem todas [as filas] tem a informação com CPF”, disse.
Atendimento noturno na saúde
A pasta exige que no documento as unidades da federação informem qual o tamanho da fila, a expectativa com o plano de redução, quais os procedimentos colocados como prioridade, em quais os municípios e os prestadores.
Assim, o secretário disse que uma das estratégias deve ser a migração de equipes completas de médicos do Sul e Sudeste para o Norte, região com maior déficit de profissionais de saúde do país.
“A gente precisa primeiro ter um retrato da necessidade, vamos colocar uma pessoa em cada estado para entender a dinâmica. Os gestores preparam os pacientes, marcam a cirurgia e nós levamos equipes para a região. O pessoal da USP [Universidade de São Paulo], da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo], e da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] topam fazer isso”, afirmou.
Na sua visão, os gestores estaduais podem fazer parceria com hospitais privados para a realização de cirurgias à noite e aos finais de semana. Sendo assim para a região Norte a intenção é realizar mutirão no Rio Amazonas em parceria com a Aeronáutica.
O secretário disse que no Brasil são poucos hospitais que realizam cirurgias cardíacas de recém-nascidos, por exemplo. Além disso, a intenção é acabar também com esse tipo de fila levando crianças para operar onde houver o procedimento, que é mais complexo.
Migração de equipes
O secretário disse que uma das estratégias deve ser a migração de equipes completas de médicos do Sul e Sudeste para o Norte, região com maior déficit de profissionais de saúde do país.
“A gente precisa primeiro ter um retrato da necessidade, vamos colocar uma pessoa em cada estado para entender a dinâmica. Os gestores preparam os pacientes, marcam a cirurgia e nós levamos equipes para a região. O pessoal da USP [Universidade de São Paulo], da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo], e da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] topam fazer isso”, afirmou.
Na sua visão, os gestores estaduais podem fazer parceria com hospitais privados para a realização de cirurgias à noite e aos finais de semana. Para a região Norte a intenção é realizar mutirão no Rio Amazonas em parceria com a Aeronáutica.
O secretário disse que no Brasil são poucos hospitais que realizam cirurgias cardíacas de recém-nascidos, por exemplo. Desse modo, a intenção é acabar também com esse tipo de fila levando crianças para operar onde houver o procedimento, que é mais complexo.
“É importante uma política para a redução de filas e precisa ser bem desenhada pela complexidade do país. Não basta levar médico para determinadas regiões para realizar cirurgias caso não tenha estrutura necessária”, disse.
Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz, compartilha da mesma visão. Ele diz que para as cirurgias mais complexas o diagnóstico precisa melhorar.
“A gente sabe que não há um orçamento grande para realizar os procedimentos, mas uma boa alternativa também é fazer essa parceria com a iniciativa privada”, disse.
Fonte: jornaldebrasilia