Relatório aponta diminuição na área plantada e desafios climáticos
O boletim 568 da segunda semana de julho do Projeto SIGA/MS traz atualizações importantes sobre a safra de milho 2023/2024 em Mato Grosso do Sul. Coordenado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS), o SIGA/MS destacou uma redução de 5,8% na área plantada. Sobretudo, em comparação ao ciclo anterior, totalizando 2,218 milhões de hectares.
A produtividade estimada é de 86,3 sacas por hectare, com uma produção prevista de 11,485 milhões de toneladas. Esta projeção sofreu uma queda em relação à estimativa inicial de 12,3 milhões de toneladas. Principalmente devido às condições climáticas adversas e à redução da área plantada.
Desenvolvimento fenológico e condições regionais
Segundo o relatório técnico do SIGA/MS, todas as regiões do estado estão em pleno desenvolvimento fenológico reprodutivo, a fase de crescimento e maturação da planta. Na região Norte, que inclui, no entanto, municípios como Sonora, Coxim e São Gabriel do Oeste, as lavouras estão em boas condições. Mas há preocupação com a possibilidade de estiagem.
No entanto, na região Nordeste, que abrange localidades como Chapadão do Sul e Três Lagoas, 86% das lavouras estão em boas condições, 9% em estado regular e 5% em condições ruins. Em contraste, as regiões Oeste e Centro apresentam um cenário mais mediano, com lavouras em diversas fases de desenvolvimento e saúde.
Desafios nas regiões Sul, Sudoeste, Sudeste e Sul-Fronteira
As condições climáticas adversas impactaram significativamente as lavouras nas regiões Sul, Sudoeste, Sudeste e Sul-Fronteira. Na região Sul, apenas 20% das lavouras estão em boas condições, enquanto 33% estão ruins e 47% regulares. Na região Sudoeste, a situação é ainda mais desafiadora, com 52% das lavouras em condições ruins. A região Sul-Fronteira e Sudeste também enfrentam dificuldades semelhantes.
Colheita em andamento
Até sexta-feira, 12 de julho, o Projeto SIGA/MS reportou que 40,4% das lavouras já foram colhidas. Os municípios de Amambai, Aral Moreira, Iguatemi, Laguna Carapã, Sete Quedas e Tacuru estão entre os mais adiantados na colheita.
O acompanhamento e as previsões do SIGA/MS são cruciais para orientar os produtores. E ainda mais, ajustar as expectativas em relação à safra, considerando os desafios climáticos e de produtividade que o estado enfrenta.
Fontes: semadesc, aprosoja-ms