Se confirmar esse valor, haverá uma perda R$ 10 por mês em relação à estimativa anterior
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve oficializar nos próximos dias, por meio de decreto presidencial, o reajuste do salário mínimo para 2025, que será de R$ 1.518. O aumento de R$ 106 em relação ao valor atual (R$ 1.412) representa uma alta de 7,5%. O novo piso nacional começará a valer em janeiro e será pago a partir de fevereiro.
Embora o decreto ainda não tenha uma publicação, a definição segue a fórmula com revisão pelo governo. Nesse sentido, considera a inflação acumulada até novembro de 2024, estimada em 4,84%, e o crescimento do PIB de dois anos atrás, limitado a 2,5%.
Essa mudança na metodologia gerou discussões, já que, se aplicada a regra anterior, o salário mínimo poderia chegar a R$ 1.528, uma diferença de R$ 10 mensais.
Explicando a perda de R$ 10 mensais
O aumento do salário mínimo em 2025 já considera a nova fórmula que teve aprovação como parte do pacote de corte de gastos. Veja detalhes abaixo:
- Com a nova fórmula, a correção do salário mínimo para 2025 vai considerar a inflação do INPC calculada em 12 meses até novembro (4,84%) e o crescimento do PIB de dois anos atrás (3,2%). Mas, para limitar o crescimento das despesas, passa a valer um teto de 2,5%, em vez dos 3,2% que teriam uso pela regra anterior. Logo, o reajuste ficará menor do que o previsto antes da aprovação do corte de gastos.
- Em valores: pela nova regra, o salário mínimo deve subir para R$ 1.517. Mas fontes do governo afirmam que haverá um arredondamento para R$ 1.518.
- Se mantivesse o critério anterior, sem o teto de 2,5%, o salário mínimo subiria para R$ 1.528 (considerando o INPC de 4,84% e os 3,2% referentes à variação do PIB de dois anos antes).
Dieese recomenda um salário mínimo ainda maior
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), um reajuste de salário mínimo necessário para garantir uma vida digna aos brasileiros em 2025 seria de R$ 6.959,31 (referente a novembro). Calcula-se esse valor com base no custo de vida. Considerando os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
