ELLLAS é um trio de mulheres que se destacam na cena cultural sul-mato-grossense
No próximo dia 10 de março o MS ao Vivo leva para o palco o projeto ELLLAS para a abertura do show nacional de Margareth Menezes. As apresentações começam a partir das 17 horas, no Parque das Nações Indígenas, com entrada franca em Campo Grande.
Dessa forma, o projeto ELLLAS é um trio de mulheres que se destacam na cena cultural sul-mato-grossense, por seu talento, dinamismo e presenças marcantes.
Retratando a diversidade cultural e da força da mulher que brota e habita o solo de MS, as cantoras e compositoras Erika Espíndola, Marta Cel e Renata Sena juntas, no dia e mês da mulher, enaltecem a importância e a competência das mulheres, promovem o caldeirão musical do Estado e também valorizam e impulsionam atuais e novos talentos locais.
Por isso, com um repertório extraído do grosso caldo cultural que permeia a formação sociocultural de Mato Grosso do Sul, o trio Elllas representa a singularidade cultural existente no Estado com os diferentes gostos, gêneros e inspiração musical que serão levados pelas intérpretes ao grande público.
“Nesse show eu quis misturar, elas vão cantar as mesmas músicas de um jeito diferente do que elas estão acostumadas, numa identidade só”, explicou o diretor musical desta primeira edição do MS ao Vivo 2024, Otávio Neto.
A expectativa das artistas para para o show é grande:
“Vai ser o primeiro MS ao Vivo do ano, lua nova, e esse show está com uma proposta muito legal de celebrar a diversidade feminina, essa força feminina no palco com três cantoras completamente diferentes. Está sendo uma experiência muito interessante trabalhar com elas e conhecê-las mais de perto. Mas, na correria do dia a dia a gente admira estas artistas de longe e não tem a oportunidade de passar muito tempo com elas, este projeto trouxe a gente mais perto. Mas, e é um timaço de músicos, num lugar maravilhoso. É muito legal para mim poder voltar. Fiz o projeto MS Canta Brasil em 2012 e voltar com um show diferente num projeto diferente, estou muito empolgada por isso. O que estamos preparando é muito bonito, muito honesto mesmo, espero que a galera goste”, afirmou Erika Espíndola.
“Por ser filha de baianos minha expectativa não seria outra de que será um show incrível pois Margareth Menezes é um grande representante do afro-pop, é uma mulher que representa também a força e a beleza da mulher negra e vem carregada com toda a simpatia do povo baiano. Então, em Campo Grande pode e deve se sentir agraciado com essa presença ilustre e esse show visceral e o projeto Elllas vem para complementar mostrando a diversidade musical através de mulheres potentes da cena musical de MS, que é o rock, o pop e o samba. É uma junção, que espero, venha sacudir o público do MS ao Vivo”, destacou a cantora Marta Cel.
“Será um show muito legal, mostrando a diversidade feminina em etnia, estilo e musicalidade. Um show muito musical, tocado por uma banda incrível e com um repertório para cima com a temática do empoderamento feminino”, completou a cantora Renata Sena.
Projeto ELLLAS em MS
Erika Espíndola começou sua carreira em maio de 2011 com a banda Mr. Willie Blues Band. Mas, em seguida, montou a banda Black Tie (posteriormente Black Di Boá), de quem foi vocalista por 5 anos. Em 2019, Erika lançou seu primeiro disco solo, UMA, com fortes influências do Blues, Rock, Soul e Folk.
Marta Cel é cantora e compositora de voz forte. Ela lembra que começou a cantar em volta do fogão à lenha, no chão batido, ao lado dos pais. Reforçou o gosto pela música na igreja, fez aulas de canto e hoje é conhecida pelo repertório influenciado pela MPB e a Black Music.
Renata Sena é uma cantora cujas letras revelam com intensidade e sensibilidade momentos marcantes da sua vida, que sempre foi dual e híbrida, devido a sua origem luso-brasileira. Suas músicas produzidas por Alexander Cavalheri e Ton Alves, têm influência de artistas como Madredeus, Baden Powell, Marisa Monte e Tom Jobim, grandes fontes de inspiração para a artista.
MS ao Vivo
Do chão batido, em volta do fogão a lenha ou dos oceanos às águas calmas do Pantanal, nasce uma geração de mulheres empoderadas pela sua voz, sua cultura e sua arte que corre nas veias, como o rio a caminho do mar.
Contudo, essa primeira edição de 2024 do MS ao Vivo é um caminho sem volta que pretende ser inspiração para toda uma nova geração de músicos e artistas do Estado.
Marta Cel aponta ainda a importância do MS ao Vivo para os artistas locais. “O MS ao Vivo é um espaço onde o artista local pode divulgar toda produção musical e, para além disso, é um projeto que gera renda e movimenta a cena artística e toda a cadeia produtiva da cultura. Mas, existe uma rede toda envolvida, que sem o apoio de patrocinadores ou do próprio governo, não seria possível. Mas, o artista por si só, não tem uma estrutura financeira para tal realização. É um momento que vemos os impostos investidos sendo devolvidos à população em forma de arte”, finalizou.
Texto: Gisele Colombo, FCMS