Esses municípios não servidos por SAMU e apenas Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Aparecida do Taboado e Paranaíba têm Corpo de Bombeiros Militar
O estado de MS (Mato Grosso do Sul) foi destaque sobre o Projeto de protocolo cardiológico no compartilhamento de práticas na construção de planejamentos estratégicos e regionais integrados durante a “Mostra de Experiências da Gestão Estadual do SUS”, realizada na Câmara Técnica do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) de Planejamento e Gestão, em Brasília, com o projeto de protocolo cardiológico “Fibrinólise-IAMCSST”.
Dessa forma, a superintendente de Gestão Estratégica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Maria Angélica Benetasso, responsável pela iniciativa compartilhada com outros estados, explica que o projeto nasceu da necessidade de estabelecer um protocolo de diagnóstico e tratamento do IAMCSST (Infarto Agudo do Miocárdio), por meio do uso de agentes antifibrinolíticos imediatamente no local do primeiro atendimento.
“Estamos desenvolvendo este projeto, inicialmente, na macrorregião de Três Lagoas, que possui cerca de 280 mil habitantes e 10 municípios. Mas, esses municípios não servidos por SAMU e apenas Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Aparecida do Taboado e Paranaíba têm Corpo de Bombeiros Militar, porém sem unidade avançada, que possui médicos para atendimento, fazendo com que o transporte seja providenciado pelas prefeituras”, explica.
Projeto protocolo cardiológico MS
Nesse contexto, o projeto visa a racionalização da demanda, fornecendo diretrizes de atendimento imediato nas unidades de saúde locais com a aplicação de agentes antifibrinolíticos, com o posterior transporte dos pacientes em até 24 horas para o centro de referência que dispõe de equipe médica qualificada e equipamentos para prestar o atendimento especializado.
Além do Estado, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraná, Pará, Maranhão, Bahia, Paraíba e São Paulo também apresentaram suas iniciativas bem-sucedidas referentes à construção de seus planos regionais de macrorregiões e planejamentos regionais integrados.
Por isso, o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, disse que eventos como este movimentam o Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando a troca de boas práticas de gestão e potencializando as ações e serviços oferecidos pelo sistema.
Sendo assim, a diretora do Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa do Ministério da Saúde, Vanessa David de Oliveira Sousa, disse que a mostra é uma pauta de interesse coletivo e uma oportunidade ímpar para o Ministério ouvir diretamente dos estados as iniciativas que convergem, a partir de metodologias diferentes, para pontos fundamentais para as políticas públicas, como a governança tripartite do SUS. “A construção coletiva e participativa se fez presente em todos os trabalhos apresentados aqui hoje”.
Fonte: gov.ms