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Produção de soja e milho em MS terá certificação internacional para atestar boas práticas ambientais, sociais e econômicas Foto: Pixabay

Mato Grosso do Sul terá certificação internacional para produção de soja e milho

Aprosoja e Governo do Estado vão implantar certificação internacional para produção de soja e milho em MS

A produção de soja e milho de MS vai ganhar certificação internacional. A Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-MS) e o Governo de MS firmaram um termo de colaboração para implantar a certificação Round Table on Responsible Soy (RTRS). Nesse sentido, este padrão internacional atesta boas práticas ambientais, sociais e econômicas.

Com investimento de R$ 7,6 milhões, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o projeto será executado até setembro de 2027. Ademais, essa iniciativa marca um avanço na rastreabilidade da produção agrícola do Estado.

A certificação RTRS tem validade de cinco anos e baseia-se em cinco pilares. São eles o cumprimento legal, as condições de trabalho responsáveis, as relações comunitárias sustentáveis, a responsabilidade ambiental e as boas práticas agrícolas.

Para o presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc, o avanço na certificação é reflexo do engajamento dos produtores.

“Depois de passarmos pela consolidação de práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta e a agricultura de baixo carbono, estamos, cada vez mais, adotando uma produção ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável”, afirmou. “Isso gera maior valorização dos produtos e abre novas oportunidades de comercialização por meio de certificações como a RTRS.”

Iniciativa terá impacto estratégico

O titular da Semadesc, Jaime Verruck, destacou, portanto, o impacto estratégico da iniciativa. Além disso, afirmou: “Com a rastreabilidade desde a origem até a mesa do consumidor, especialmente para mercados exigentes, como o europeu e o asiático, mostramos que o agricultor sul-mato-grossense adota tecnologias modernas, sustentáveis e alinhadas aos padrões internacionais.” Assim, ele ressaltou que este será o primeiro projeto de rastreabilidade da soja implementado no Estado.

O próximo passo será, portanto, a formação da equipe técnica, além da elaboração do cronograma e da seleção das propriedades participantes. Segundo o coordenador de campo da Aprosoja-MS, Dany Correa, a meta é certificar 30 propriedades rurais. Ademais, ele explicou que, em 2024, foi realizado um projeto piloto com a Ampasul (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão), onde certificaram propriedades que já possuíam as certificações ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e BCI (Better Cotton Initiative).

Grandes compradores nos países da União Europeia e da Ásia reconhecem e exigem a certificação RTRS internacionalmente. Além disso, ao reforçar a sustentabilidade da produção agropecuária, o projeto também fortalece a imagem do Estado como polo de agricultura moderna e responsável. Dessa forma, contribui para aumentar a competitividade e a visibilidade do setor no mercado global.

Fonte: Aprosoja-MS