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Muitas vezes sentimos culpa por estar sem fazer nada em momentos de descanso. Entenda porque essa condição acontece.

Por que sentimos culpa em momentos de descanso

Muitas vezes sentimos culpa por estar sem fazer nada em momentos de descanso. Entenda essa condição.

“Posso estar viajando, observando as Cataratas do Iguaçu, a Torre Eiffel ou sentindo a brisa do vento no rosto em uma praia na Bahia, que em algum momento eu vou me sentir culpa por estar ali no descanso e não afundada até o pescoço de trabalho.”, conta a empreendedora Ju Ferraz em sua coluna para a Vogue

Eu sou de uma geração meio sem limite para o trabalho.

Como se a gente precisasse se validar através do cargo que a gente ocupa, do tanto de horas que a gente trabalha.

 Estamos sempre acelerados, entrando e saindo de reuniões, em busca de mais, mais e mais.

Aí vem o fim de semana, as férias ou um burnout no meio do caminho como foi no meu caso – que fazem a gente parar.

Descanso e a culpa

Mas uma coisa que sempre acontece comigo, é que muitas vezes eu me sinto culpada por estar sem fazer nada.

Sem fazer nada relacionado ao trabalho, é bom que fique claro.

Posso estar viajando, observando as Cataratas do Iguaçu, a Torre Eiffel ou sentindo a brisa do vento no rosto em uma praia na Bahia, que em algum momento eu vou me sentir culpada por estar ali e não afundada até o pescoço de trabalho.

Acho que isso piorou ainda mais durante a pandemia. Por estarmos trabalhando mais em casa do que em qualquer outro lugar, não existe mais aquela separação, pelo menos física, do que é trabalho e do que é o nosso lar.

Assim, a gente se pega misturando tudo e achando que mesmo em casa, por conta do home office, a gente precisa estar disponível e produtiva 24 horas por dia.

Mas as pausas e os momentos de descanso, mesmo entre uma reunião e outra, são essenciais não só para o nosso corpo. São nesses momentos que a gente restaura a atenção e o fôlego para podermos seguir em frente.

Por isso, limite é a palavra certa para que a culpa de descansar não ganhe tanta força no seu dia a dia. Crie limites de tempo e limites físicos mesmo para suas atividades pessoais e profissionais. E mais do que tudo, respeite os limites do seu corpo. Ele está sempre mandando sinais e, quanto mais desatentos a esses sinais a gente estiver, pior vão ser as consequências.

Trabalhar é ótimo, mas ter uma vida além do trabalho é essencial.

Fonte: Vogue