Os preços do petróleo tipo Brent atingiram a máxima em três semanas e podem ultrapassar os US$ 100/barril
A Petrobras (PETR3; PETR4) precisa aumentar o preço dos combustíveis para acompanhar os valores internacionais. Mas a empresa enfrenta resistência do governo de Jair Bolsonaro, que quer segurar os preços baixos até o segundo turno.
Nos últimos dias, o preço do petróleo subiu por causa do corte de 2 milhões de barris por dia na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a partir de novembro.
Com isso, os preços do petróleo tipo Brent (referência internacional) atingiram a máxima em três semanas e podem ultrapassar os US$ 100/barril.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem no preço da gasolina, em relação ao valor praticado no mercado internacional; a diferença no diesel é de -8%.
Na conta dos importadores
Segundo Petrobras os preços dos combustíveis vão aumentar caso a estatal opte por segurar o reajuste, e quem deve ser mais impactado são as importadoras, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital.
Petrobras e os preços dos combustíveis nesse histórico de reajustes
A última vez que a empresa subiu os preços foi no dia 18 de junho na época, o litro da gasolina nas distribuidoras passou a valer R$ 4,06 e o diesel R$ 5,61.
Contudo, a política de preços da estatal sempre criticada por Bolsonaro, tanto que ele trocou o CEO da empresa quatro vezes. Caio Mário Paes de Andrade assumiu o cargo em 28 de junho e, desde então, a Petrobras anunciou reduções de preços nove vezes respaldadas na queda do petróleo.
Por isso, a última queda no preço da gasolina anunciada há pouco mais de um mês, no dia 1º de setembro, quando o litro passou de R$ 3,53 para R$ 3,28. Mas, o reajuste do diesel, por outro lado, é mais recente. O anúncio foi feito no dia 19 de setembro e o preço passou de R$ 5,19 para R$ 4,89.
Fonte: moneytimes