Justo agora pois, que a Argentina está no auge da safra de grãos
Os sindicatos de transporte da Argentina iniciaram pois, um protesto nesta quarta (22) com bloqueios de rodovias em diferentes partes do país. Isso ocorreu em protesto contra a escassez de diesel. Assim como, devido aos preços excessivos de combustível.
Aliás, justamente em um momento em que a Argentina está no auge da safra de grãos, há bloqueios nas rodovias. Esses bloqueiros geraram sete quilômetros de congestionamento, desse modo, nos arredores de Buenos Aires. O país é um dos maiores exportadores mundiais de milho e soja.
Entretanto, em nota, o Sindicato Nacional dos Transportadores (UNTRA) disse que vai cessar as atividades. “Com a finalidade de corrigir as ações que o tenham causado, ainda mais em prejuízo do transporte”. O sindicato solicitou o estabelecimento de uma medida para que as tarifas sejam, assim, proporcionais ao aumento do combustível, que está em falta há semanas.
Aliás, outros sindicatos de transporte aderiram ao protesto. As entidades denunciaram, desse modo, que o diesel só está disponível a preços muito mais altos.
21 províncias estão com problemas de desabastecimento
Assim, existem 21 províncias com problemas de abastecimento de combustível, incluindo Buenos Aires, de acordo com um levantamento da Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Carga (Fadeeac). Conforme publicação em sua conta no Twitter.
Nesse sentido, a Sociedade Rural Argentina denunciou em um comunicado recente “os problemas gerados pelo escassez ou pelo nulo fornecimento de combustível. Bem como, as sobretaxas que devemos pagar”.
Além disso, o governo garantiu que vai tomar medidas para resolver o problema.
“A falta de diesel é um conflito, uma reivindicação que é uma realidade. E tem a ver com crescimento”, disse Gabriela Cerruti. Ela é a porta-voz da Presidência.
“É um problema que vai ser resolvido. E serão tomadas várias medidas pois ainda há alguns focos”, acrescentou.
O Ministério da Energia aumentou a proporção obrigatória de biodiesel utilizado na mistura com combustíveis fósseis, em meio ao prolongado déficit energético. Nesse sentido, o problema afeta a balança argentina. Sobretudo, no que diz respeito ao atendimento da maior demanda local por diesel. Principalmente do setor agroexportador.
Desse modo, a procura interna de diesel registrou aumentos superiores a 14%, segundo o governo. Esses dados são dos primeiros quatro meses do ano, ante igual período de 2021.