Celso Sabino, favorável ao projeto em tramitação no Senado, vê potencial para o desenvolvimento de polos turísticos menores
O projeto que legaliza e regulamenta os jogos de azar no país é uma oportunidade de descentralizar resorts e estimular o desenvolvimento de polos turísticos menores, afirma o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Pela atual proposta, ficam liberados bingos, cassinos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o texto no fim de junho, em um cartaz apertado, com 14 votos pretendidos e 12 contrários. Contudo, a proposta segue em tramitação na Casa, sem perspectiva de ter a votação finalizada.
O ministro planeja instalar resorts com cassinos integrados em polos turísticos já existentes, mas com pouca visitação, distantes das cidades grandes.
Por exemplo, Salinópolis e Alter do Chão, no Pará; Olímpia, em São Paulo; Pirenópolis e Alexânia, em Goiás.
O relator do projeto, senador Irajá Abreu (PSD-TO), fala num potencial de arrecadação de mais de R$ 20 bilhões ao ano.
O ministro Sabino ressalta dinheiro que pode ser gerado por resorts e jogos de azar
Sabino também destaca que os resorts e jogos, incluindo o jogo do bicho, podem gerar uma grande quantidade de dinheiro, mesmo sendo uma “atividade comum nas cidades brasileiras e ainda considerada contravenção penal”, afirmou.
O ministro afirmou que a pasta está recebendo demandas dos grupos empreendedores que têm interesse de abrir cassinos de tamanhos variados. A saber, citou empresários europeus, norte-americanos, chineses, gregos e chilenos. Contudo, as dimensões dos resorts devem variar de acordo com o número de habitantes e as respectivas localizações.
No entanto, Sabino disse não ver resistência ao projeto “no conjunto da equipe de governo”. Ele propõe liberar os jogos com regras específicas para prevenir jogadores compulsivos.
“Regramento claro. “Vamos identificar todas as pessoas que entrarem nas áreas dos cassinos e controlar o acesso. Quem tiver problemas com jogos de azar não poderá entrar“, afirmou Sabino, que preside a reunião de ministros do Turismo do G20.