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Veja como funciona a IA do WhatsApp desenvolvida pelo PicPay, para automatizar a transferência via Pix. Foto: Reprodução

PIX NO WHATSAPP: Veja como funciona IA que lê e escuta mensagens para programar transferências

Robô virtual da PicPay, desenvolvido em parceria com a Meta e a Microsoft, também processa PDFs para programar débito automático

Fruto de uma parceria com a Microsoft e a Meta, o PicPay desenvolveu uma inteligência artificial (IA) no WhatsApp que automatiza transferências por Pix. Contudo, o lançamento do recurso será gradual e vai acontecer ao longo das próximas semanas para todos os clientes do banco.

A ferramenta permite que o usuário envie mensagens de texto, áudios, fotos e capturas de tela para o assistente virtual, que identifica os dados e processa o início da transação. A saber, o usuário finaliza a transação no aplicativo do banco.

Veja mais detalhes sobre IA desenvolvida pelo PicPay, que vai automatizar transferências de Pix no WhatsApp

Para criar o recurso, o PicPay treinou o ‘bot’ com informações próprias e utilizou modelos de inteligência artificial da OpenAI, empresa que criou o ChatGPT. Contudo, a Microsoft disponibiliza esses modelos para que empresas possam integrar as IAs em seus produtos ou operações.

Já a Meta trabalhou com a companhia para viabilizar o robô

A empresa controladora do WhatsApp possui um dos maiores mercados do aplicativo no Brasil e está investindo em novos recursos para empresas.

De acordo com Sandro Cachiello, líder de Desenvolvimento de Negócios da Meta, o país tem sido um dos líderes em inovações com IA no aplicativo, acessado por mais de 147 milhões de brasileiros, segundo estimativas de consultorias.

O assistente fica disponível em uma conversa separada no WhatsApp, como se fosse um contato próprio, e identificado com selo azul de conta verificada. Portanto, a empresa criptografa todas as mensagens enviadas para a IA e garante a confidencialidade dos dados da transação. Como chaves Pix e instruções de pagamento.

Cadastro de débito automático

Segundo o PicPay, a IA é capaz de identificar, por exemplo, uma chave Pix escrita em um papel. No entanto, também pode ajudar a calcular despesas de grupos (como em uma nota fiscal de um restaurante) e interpretar o conteúdo bruto de uma mensagem encaminhada.

Além das funções com Pix, a inteligência artificial também poderá cadastrar débitos automáticos a partir de PDFs e ser programada para avisar sobre contas a vencer.

O fato de o cliente precisar confirmar as informações programadas pela IA no aplicativo do banco, garante que ele terá o controle das ações da ferramenta. Que mitiga riscos de erro, diz Danilo Caffaro, vice-presidente de serviços financeiros PF do PicPay:

O usuário pode confirmar e editar as informações diretamente no aplicativo, garantindo que tudo esteja como desejado. Contudo, se for o caso, ele pode editar a transação, afirma Caffaro, que não revela quando a empresa investiu na IA.

O PicPay já vinha utilizando os modelos de IA da OpenAI, a partir da Microsoft, nos bots de atendimento ao cliente. No balanço financeiro do segundo trimestre deste ano, o banco afirmou aos investidores que a tecnologia aumentou os indicadores de satisfação dos clientes em atendimentos sem interação humana.

Com os novos recursos, o banco, que tem 57 milhões de contas e 36 milhões de usuários ativos, pretende desenvolver uma ferramenta que seja mais parecida com um assistente personalizado. O que o setor bancário tem chamado de “private banker” (algo como um “consultor financeiro pessoal”).

O Itaú, com seu Assistente virtual, e o Bradesco, com a BIA, estão entre as instituições financeiras que têm seguido esse caminho.

Fonte: o globo