Apresentada no último sábado, a proposta do TST concedia a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular
Está mantida a greve dos pilotos de avião e comissários do país, depois de recusarem a proposta feita pelo Tribunal Superior do Trabalho, que havia sido aceita pelas empresas de aviação. Em votação virtual encerrada no domingo (18), 70% da categoria disse não à proposta da justiça. Que busca mediar o impasse entre trabalhadores e empresários do setor.
Assim, com a decisão dos aeroviários, fica mantida a greve dos pilotos e comissários, que vai durar duas horas por dia. Por tempo indeterminado, nos principais aeroportos do país.
Portanto, a partir desta segunda-feira (19), os trabalhadores da aviação cruzam os braços, diariamente entre seis e oito horas da manhã, nos terminais de aviação de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
No entanto, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou a categoria que, mesmo de braços cruzados, compareça aos aeroportos como forma de somar na reivindicação.
Motivo da greve dos pilotos de avião e comissários
Henrique Hacklaender explicou que, apesar de repor a inflação, a proposta do TST não atende os pontos que dizem respeito aos direitos dos trabalhadores.
Apresentada no último sábado, a proposta do TST concedia a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular. Além de outras medidas: reajuste da inflação medida pelo INPC, mais meio por cento de aumento acima da inflação. Nos salários e nas diárias nacionais e nos seguros. Também multa por descumprimento do acordo de trabalho, vale-alimentação, entre outras propostas.
A decisão da greve de pilotos e comissários foi feita, em assembleia na última quinta-feira. Por não conseguirem renovação no acordo trabalhistas com as empresas de aviação e nem recomposição salarial. Além de direitos trabalhistas.
Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, havia informado que “as negociações com a categoria iniciaram em outubro”. E que buscou “garantir os direitos dos colaboradores e a continuidade da prestação dos serviços essenciais de transporte aéreo para a população enquanto durarem as negociações”.
De acordo com o Sindicato dos Aeroviários, o intervalo de duas horas para a paralisação foi definido em “respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo”. Além disso, os voos “com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados”.
Fonte: agenciabrasil