A Petrobras registrou lucro de R$ 28,8 bilhões no segundo trimestre, um recuo de 47% ante o mesmo período do ano anterior, em meio a uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
Então, o preço médio do petróleo tipo Brent ficou em R$ 78,39 dólares por barril entre abril e junho, queda de 31,1% versus um ano antes.
Já o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 56,7 bilhões no segundo trimestre, queda de 42,3% ante o mesmo período de 2022.
Segundo a Petrobras, o modelo de remuneração ao acionista proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, anunciado no último dia 28 de julho.
Nova política
O conselho de administração da petroleira estatal informou ao mercado, no último mês, que adotou uma nova política de dividendos, que deve reduzir o valor pago aos acionistas.
Em fato relevante, a empresa abriu ainda a possibilidade de criação de um programa de recompra de ações.
Com a nova diretriz, a Petrobras estabeleceu um dividendo trimestral de 45% de seu fluxo de caixa livre diferença entre fluxo de caixa e investimentos que destinada a dividendos.
O número representa uma redução em relação aos atuais 60%, desde que a dívida bruta da empresa esteja abaixo de US$ 65 bilhões, conforme previsto no atual plano estratégico em vigor da estatal. Contudo, o valor ainda está acima dos 40% projetados por analistas do mercado.
“As referências a valores específicos de dívida bruta substituídas pela expressão ‘nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor’, eliminando a necessidade de atualização da Política numa eventual mudança de referência de endividamento. No plano atual esse valor é de US$ 65 bilhões”, disse a estatal em comunicado.
No ano passado, a Petrobras distribuiu um total de US$ 87,8 bilhões em dividendos para seus acionistas, referentes ao exercício da companhia no segundo trimestre de 2022.
O valor equivalia a R$ 6,73 por papel da petroleira. Mas, o pagamento dividido em duas parcelas no valor de R$ 3,36, pagas em 31 de agosto e 20 de setembro.
Uma das promessas de campanha do governo Lula (PT) era justamente alterar a política de dividendos da estatal.
Sendo assim, o petista criticou a política adotada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez da petroleira uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo nos últimos anos.