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Presidente disse que não vai interferir na policia de preço, "já foi feito no passado e não deu certo"

Petrobras: Política de preços não terá intervenção de Bolsonaro, mas combustível sobe

Isso na véspera de um novo reajuste do preço dos combustíveis

O presidente da República Jair Bolsonaro garantiu (24) que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras e de nenhum outro setor. Isso na véspera de um novo reajuste do preço dos combustíveis.

Bolsonaro, no entanto, confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energética. Não descartou, sobretudo, a opção de privatização. Uma hipótese que admitiu, no entanto, ser “complicada.”

“Alguns querem que a gente interfira no preço, mas não vamos interferir no preço de nada. Isto já foi feito no passado e não deu certo”, disse o presidente. Ele admitir, portanto, que não tem poderes para influenciar na definição de negócios e de preços da companhia.

Petrobras e a Política de preços

Criada em 1953, como empresa estatal responsável por garantir o monopólio da produção petrolífera nacional, a Petrobras se tornou, portanto, uma sociedade de economia mista em 1997. Desde então, embora o Estado continue sendo o principal acionista, ela deve seguir regras de mercado, assegurando os interesses dos demais acionistas.

“Não tenho poderes para interferir na Petrobras. Tenho conversado com o Paulo Guedes sobre o que propormos fazer com ela para o futuro. É um monopólio, a legislação a deixa praticamente independente. Eu indico o presidente [da empresa], e nada mais que isto”, comentou Bolsonaro, que, esta manhã, visitou o Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília, na companhia do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“E privatizá-la não é colocar na prateleira e tudo bem. É complicada a situação. Eu teria privatizado muito mais coisas se não tivesse essa burocracia toda”, acrescentou.

Impacto dos sucessivos aumentos

Ao falar com a imprensa e com apoiadores, o presidente reconheceu o impacto dos sucessivos aumentos dos combustíveis na inflação brasileira. Mas assinalou que o preço dos combustíveis vem subindo em praticamente todos os países.

“Infelizmente, pelo preço do petróleo lá fora e o comportamento do dólar aqui dentro, teremos um novo reajuste do preço dos combustíveis a partir de hoje [25]. Prevendo isto, nós discutimos bastante um auxílio aos caminhoneiros”, comentou, a respeito da proposta federal de conceder uma ajuda financeira temporária a cerca de 750 mil caminhoneiros de todo o país, em função da alta do preço do diesel.

Fonte: Agencia Brasil