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Parlamentares podem acumular aposentadoria, diz PL na Câmara. O projeto ainda cria uma “gratificação natalina” para os integrantes do PSSC Foto: Divilgação/Flickr

Projeto pode permitir que parlamentar acumule aposentadoria e salário

Câmara quer eliminar a proibição de parlamentares receberem aposentadoria junto com o salário de cargo eletivo federal

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados apresentou  projeto de lei que extingue a proibição do acúmulo de aposentadoria dos parlamentares com o salário de cargo eletivo federal. A matéria, protocolada (10), é assinada pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e pelos representantes do PL, PP, União Brasil, PT e PSD na Mesa Diretora.

A lei 9.506 de 1997 criou o atual regime de previdência dos deputados e senadores. Assim, o parlamentar federal que tiver direito ao benefício da aposentadoria não pode receber o pagamento enquanto estiver no mandato de deputado, de senador ou de outro cargo eletivo.

Caso haja aprovação do projeto, deputados e senadores participantes do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC) poderão acumular a aposentadoria. A aposentadoria é proporcional com o tempo de contribuição, com o salário de R$ 46.366,19, pago atualmente.

Gratificação natalina

Ademais, o projeto ainda cria uma “gratificação natalina” para os integrantes do PSSC, pagando-a com base nos valores recebidos pelos parlamentares em dezembro.

Ao justificar a iniciativa, a Mesa Diretora disse que a proibição impõe “restrição incompatível com os princípios constitucionais da isonomia e da legalidade”. A Mesa argumentou ainda que a exceção “perpetua discriminação indevida”.

Assim, a discussão sobre a acumulação de aposentadoria juntamente com salário de cargo eletivo federal coloca em xeque a legalidade das normas vigentes. Além disso, questiona os princípios de igualdade e justiça que orientam a atuação parlamentar.

Embora essa medida possa gerar debates sobre privilégios, ela também evidencia a necessidade de equilíbrio entre direitos e responsabilidades dos agentes públicos. A decisão final, caso aprovada, repercutirá em toda a sociedade, especialmente entre quem acompanha mudanças tributárias e políticas econômicas no país.

“Além de inconstitucional, a regra em vigor desestimula a participação política de cidadãos que já cumpriram os requisitos legais para aposentadoria e seguem contribuindo para o regime”, explica a justificativa.

Fonte: Ag. Brasil