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A empresa farmacêutica alemã BioNTech pretende iniciar já no primeiro trimestre de 2023 os primeiros testes em humanos de sua vacina de mRNA contra a malária e a tuberculose

Os avanços científicos mais aguardados para 2023

O uso de engenharia genética também deve se desenvolver bem em 2023. Tratamentos a partir do método CRISPR, que promove a edição genética

A ciência está a todo vapor, e 2023 promete ser um ano de grandes avanços científicos, há pelo menos cinco acontecimentos que estão na mira dos cientistas e rondando o imaginário das pessoas.

Desde o desenrolar do programa Artemis da NASA, que pretende explorar a Lua e realizar missões tripuladas até o satélite natural da Terra, até novos métodos de desenvolvimento de vacinas de forma rápida e eficaz.

 Uma nova geração de vacinas

Depois da pandemia de Covid-19, as vacinas, inclusive, se tornaram assunto no cotidiano das pessoas, inclusive quanto ao tipo de tecnologia nelas aplicada. As vacinas de mRNA fizeram grande sucesso, e várias outras estão sendo produzidas a partir dessa mesma tecnologia para combater outras doenças, como malária, tuberculose, herpes genital, HIV, fibrose cística, câncer e vários tipos de doenças pulmonares, entre outras.

Assim, a empresa farmacêutica alemã BioNTech pretende iniciar já no primeiro trimestre de 2023 os primeiros testes em humanos de sua vacina de mRNA contra a malária e a tuberculose. A farmacêutica norte-amricana Moderna também fará testes mirando os vírus que causam herpes genital e herpes zoster.

Além disso, uma das vacinas de mRNA mais promissoras é contra o câncer. Os imunizantes deverão reconhecer especificamente as células cancerígenas e destruí-las.

Além disso, sobre a Covid-19, há empresas que estão em busca de uma vacina em forma de spray nasal, uma maneira rápida e eficaz de prevenção. Assim, esses protótipos já foram testados em animais e, provavelmente, em breve serão testados em humanos.

Avanços científicos em 2023: Engenharia genética CRISPR

O uso de engenharia genética também deve se desenvolver bem em 2023. Tratamentos a partir do método CRISPR, que promove a edição genética, mostaram resultados promissores em ensaios clínicos contra duas doenças do sangue, incluindo a doença falciforme.

As farmacêuticas Vertex e CRISPR Therapeutics estão desenvolvendo o tratamento conhecido como exa-cel. Que será submetido à aprovação da Food and Drug Administration (FDA) (uma espécie de Anvisa dos EUA), em março.

Caso aprovado, pacientes com anemia falciforme poderão iniciar o tratamento. Além disso, há uma nova técnica que pode ter aprovação em 2023: a terapia CRISPR-Cas9. Essa técnica de edição de genes permite que uma cadeia de DNA possa ser cortada para formar uma nova sequência.

Tratamento do Alzheimer

O campo da medicina estará em pleno vapor em 2023, principalmente após os grandes avanços realizados em 2022. Em novembro deste ano, foi anunciada a criação de um medicamento capaz de retardar a destruição do cérebro afetado pelo Alzheimer, uma notícia que foi recebida pela comunidade científica como um grande avanço.

Espera-se que logo no início de janeiro, a FDA autorize o uso do medicamento lecanemab para tratar os pacientes. Embora esse princípio ativo seja eficaz apenas nos estágios iniciais da doença. Essa droga considerada “o início das terapias de Alzheimer”, por muitos especialistas.

Aliás, há outro medicamento em desenvolvimento chamado blarcamesine, responsável por ativar uma proteína que melhora a estabilidade dos neurônios. Essa droga, desenvolvida pela empresa farmacêutica Anavex Life Sciences, continuará em testes clínicos.

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Avanços espaciais

No campo espacial, as expectativas recaem principalmente no Telescópio Espacial James Webb. Espera-se que o equipamento continue realizando descobertas por décadas. Entretanto, ele não será o único: novos instrumentos de exploração mais profundos serão projetados.

Entretanto, a Agência Espacial Europeia (ESA) planeja lançar o telescópio Euclid também em 2023, que permanecerá em órbita solar por seis anos para criar um mapa 3D do universo. A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) está desenvolvendo uma missão que detectará a radiação de raios-X de estrelas e galáxias distantes.

No Chile, o telescópio Vera C. Rubin, que tem uma câmera com poder de detecção de mais de 3 bilhões de pixels, está pronto para fazer imagens do espaço no próximo mês de julho. Assim, o telescópio tem a incrível capacidade para registrar todo o céu visto do hemisfério sul em apenas três dias.

Os Emirados Árabes Unidos lançaram seu veículo lunar Rashid, que deve trazer novidades sobre a Lua em 2023. Contudo, a NASA também enviou um satélite orbital para explorar a composição dos depósitos de água congelada em crateras e regiões lunares escurecidas.

Em abril, o módulo HAKUTO-R, do Japão, tentará fazer um pouso suave na Lua, bem como o Chandrayaan-3 da Índia, que busca pousar perto do polo sul do satélite também em 2023. Porém, uma das missões mais aguardadas será o primeiro voo civil à Lua. Promovido pela SpaceX, que levará onze pessoas para uma viagem de seis dias a bordo da Starship.

Fonte: olhardigital