Governo federal destina R$1 bilhão para construção de laboratório de biossegurança máxima que nenhum outro país possui igual
Por isso, o projeto tem um diferencial em relação às outras 60 instalações do tipo existentes no resto do mundo. Este será o primeiro laboratório NB4 em todo o globo a estar conectado a uma fonte de luz síncrotron– o acelerador de partículas Sirius.
Segundo um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o complexo de contenção biológica máxima vai permitir a condução de pesquisas com patógenos que podem causar doenças graves. Moléstias com alto grau de transmissibilidade (das classes 3 e 4, conforme a versão mais recente da Classificação de Risco dos Agentes Biológicos).
Como exemplo de doenças nessas categorias estão o Ebola e aquelas causadas por vírus da Coronaviridae– sim, os coronavírus, como o SARS-CoV-2 (causador da Covid-19). Contudo, esse é mais um fator de destaque no Órion. Aliás, não existe outra estrutura de biossegurança com essa capacidade em toda a América Latina.
Dessa forma, o Brasil se tornará o terceiro país do continente americano (além de EUA e Canadá) com condições de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
Saiba mais sobre o laboratório de biossegurança máxima Órion
Mais do que armazenar e manipular amostras biológicas, o laboratório de biossegurança máxima Órion terá acesso exclusivo a três linhas de luz (estações de pesquisa) do Sirius, algo que não existe em nenhum outro lugar do mundo.
Sendo assim, justamente por causa dessa conexão é que o projeto ganhou o nome de Órion, em referência à constelação que abriga a estrela mais brilhante do céu (Sirius), que batizou o acelerador de partículas brasileiro.