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A coordenadora do MIS, Marinete Pinheiro, selecionou onze filmes sobre Campo Grande para quem quer conhecer um pouquinho mais sobre as diversas facetas da cidade por meio do audiovisual

Onze filmes curtas metragens contam histórias de Campo Grande

Filmes foram produzidos na cidade e mostram um pouco da beleza e do cotidiano

A cidade de Campo Grande tem muitas histórias para serem contadas. A coordenadora do Museu da Imagem e do Som, Marinete Pinheiro, elaborou uma lista de onze curtas metragens que foram produzidos por aqui e que mostram um pouco das belezas e das temáticas que envolvem a Cidade Morena. Confira a lista dos filmes ao final da matéria, com os links para conferir as produções.

“É um erro pensar que Campo Grande não tem filmes, não tem cinema, não tem história para ser contada. Existem muitas pessoas produzindo, algumas não são cineastas profissionais, não trabalham somente com cinema. São pessoas que têm necessidade de falar sobre a cidade. Isso cria uma relação de pertencimento. Aqui, com nossas experiências no MIS, nós vemos muito isso.”, diz Marinete Pinheiro, coordenadora do Museu da Imagem e do Som (MIS-MS).

 

Filme foi baseado no livro homônimo de Bernardo Lahdo

Para começar, vamos falar um pouco de história: em Campo Grande, poucas pessoas atuaram em todas as etapas da indústria do cinema: produção, importação distribuição e exibição. Entre elas está Bernardo Elias Lahdo. A família criou uma produtora de documentários, jornais cinematográficos, salas de exibição e apoiou a realização do primeiro longa inteiramente produzido em Campo Grande: “Paralelos Trágicos”, de 1965.

O filme foi baseado no livro homônimo de Bernardo Lahdo. Esta obra é importante porque teve elenco e equipe técnica doméstica, e apresenta imagens de Campo Grande da década de 1960. O filme teve repercussão nacional e internacional. Posteriormente ao lançamento, o filme foi exibido nos cinemas de Campo Grande, com sucesso de público, por dois meses. Em seguida ficou em cartaz nas principais cidades do Brasil, Europa e em países da América Latina e nos Estados Unidos.

Infelizmente a cópia original derreteu junto com o cine Acapulco, no incêndio ocorrido em 2000. A família Lahdo possui apenas partes de película do filme que podem ser restauradas e uma cópia incompleta em 16mm. (Fonte: Salas de Sonhos – História dos Cinemas de Campo Grande, de Marinete Pinheiro & Neide Fischer).

Ecologia entre os onze curtas

Para quem quer conhecer o lado ecológico da cidade, que possui ricas histórias relacionadas à fauna e flora, a cineasta Lu Bigatão tem dois trabalhos sobre o assunto: “Campo Grande das Araras” e “Fujona – Em Busca de Liberdade” (Confira na lista).  Em todo o trabalho que realiza, Lu gosta de retratar a cultura regional. “A gente sempre trabalha pensando em alguma coisa que pode ser usada na educação.”.

Lu Bigatão explica que o audiovisual depende muito de apoio, de uma política pública, e as políticas públicas vêm sofrendo interrupções nesses últimos anos. “Uns anos atrás teve um boom, de uns cinco anos pra cá deu uma queda. Agora com a volta do FIC, parece que o setor está de novo voltando a produzir, está engatinhando de novo, tem bastante gente nova. ”.

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E por falar em Lei Aldir Blanc (LAB), teve uma galerinha iniciante que aproveitou o incentivo para mostrar seu talento e contar lindas histórias sobre a cidade. Thauanny Maíra, de apenas 22 anos, mora nas Moreninhas, sempre morou lá, e decidiu mostrar o seu bairro para as pessoas por meio do audiovisual, contando com os recursos da LAB. “Eu quis chamar meus colegas do bairro para ajudarem no documentário porque as pessoas têm essa ideia de que o audiovisual é algo distante, para eles se sentirem inseridos. Nós queríamos fazer pessoas do bairro falarem, para trazer a imagem de quem está lá dentro também.”.

Thauanny conta que começou a gostar de cinema quando assistiu Matrix numa fita FHS que seu pai locou. Como aqui em Campo Grande na época não tinha faculdade de cinema, iniciou o curso de Publicidade e Propaganda, que não chegou a concluir por conta do seu trabalho. Fez fotos em site jornalístico, foi para uma agência de publicidade, entrou numa produtora de vídeo e hoje trabalha como produtora de imagens num estúdio de fotografia.

Quebra de estereótipos

Para este jovem talento, a questão do pertencimento é muito importante, de criar uma autoestima de onde as pessoas vieram. “O audiovisual tem um papel importante na questão do pertencimento, de quebrar estereótipos que as pessoas criam.”.

Para conhecer o trabalho da Lu Bigatão, da Thauanny Maíra e de muitos outros talentosos cineastas que se dedicaram a contar histórias sobre a cidade, confira a Lista AQUI da coordenadora do MIS, Marinete Pinheiro.

Ft: GovMS/Fotos: acervo cineastas