Funcionalidade chamada de Deep Research é capaz de aprimorar pesquisas e criar relatórios detalhados com análise e síntese de textos, imagens e PDFs
A Deep Research, nova ferramenta do ChatGPT, teve anúncio (3) com a promessa de otimizar as buscas online, criar relatórios detalhados com análises e sintetizar textos, imagens e PDFs. Conforme especialistas, a funcionalidade deve transformar as pesquisas virtuais na medida em que entregar respostas muito mais elaboradas e aprofundadas.
“Traçando um comparativo com o que vivemos do final dos anos 1990 até a chegada da IA generativa, tudo o que nós tínhamos eram os buscadores, e quem fazia o restante do trabalho éramos nós. Agora, nós passamos a ter diferentes IAs para diferentes aplicações”, avalia Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação.
Igreja afirma ainda que os chatbots que já existem atualmente, com funcionalidades operacionais conhecidas pelos usuários, podem provocar um impacto maior nas buscas nos buscadores tradicionais da web, na medida em que substituem pesquisas simples e rápidas.
Conteúdos menos limitados
No entanto, o especialista diz que o tipo de IA da Deep Research provocará uma transformação maior, permitindo que os usuários recebam conteúdos menos limitados.
“Dentro do ChatGPT, nós temos diversos modelos. Tem aqueles que entregam respostas muito rápidas, mas superficiais. Nesse caso, Deep Research pode levar até 30 minutos para produzir o conteúdo que a pessoa requisitar, dependendo da quantidade de detalhamento. Tudo depende do que a pessoa quer alcançar”, explica. “É uma resposta que demora de cinco a dez minutos”.
A cientista da computação Nina da Hora, especialista no desenvolvimento de IA, diz que a nova ferramenta do ChatGPT “não se limita apenas a páginas da web e mergulha em bases mais específicas”. Assim, a funcionalidade pode ser útil quando há muitas informações complexas no mesmo lugar ou com muitos dados para vasculhar.
Para exemplificar, Nina cita grandes bibliotecas, a ciência da informação, trabalha com bases de dados grandes. E a área médica, em meio a prontuários e sistemas. “É uma forma de fazer buscas em bases muito grandes, que vai otimizar o seu tempo e otimizar essa correlação: você vai poder buscar esses livros [e demais conteúdos específicos] em lugares não tão óbvios”, explica.
Em suma, para Nina da Hora, a principal diferença entre o Deep Research e os tradicionais mecanismos de busca, como Google, Bing e outros, é a profundidade da informação fornecida.
De acordo com a empresa americana OpenAI, a nova função consegue fazer em minutos atividades que o ser humano levaria horas para completar. Além de compilar informações, a Deep Research ainda permite que o usuário realize perguntas abertas. “Para quem está tentando se aprofundar em um assunto, é uma ferramenta extraordinária”, defende Arthur Igreja.
Atualmente, a ferramenta está disponível apenas para assinantes do ChatGPT Pro.
Fonte: cnn