MS tem risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti
A Secretaria de Estado de Saúde de MS (SES) divulgou (29) os resultados do terceiro ciclo do LIRAa/LIA de 2025, com sinal de alerta para o crescimento do risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. O levantamento mostra que 21 municípios registraram classificação de médio risco — sendo 20 identificados pelo LIRAa (Levantamento de Índice Rápido) e um pelo LIA (Levantamento de Índice Amostral). Apenas uma cidade foi enquadrada em alto risco.
O resultado representa uma piora em relação a agosto de 2024, quando apenas três municípios apresentaram risco médio e nenhum figurava em alto risco. O aumento preocupa autoridades de saúde diante da proximidade do período mais crítico de transmissão das arboviroses.
Variação nos índices
Comparando os dados entre 2024 e 2025, os números revelam oscilações significativas. Em janeiro de 2024, eram 43 municípios em risco médio e quatro em alto risco; em janeiro de 2025, o número caiu para 28 em médio, mas subiu para seis em alto risco. Já em maio do ano passado, foram 32 cidades em risco médio e três em alto risco, contra 31 e 12, respectivamente, no mesmo mês deste ano.
Em agosto de 2025, o quadro voltou a piorar. Em outras palavras, 21 municípios ficaram em risco médio e um em risco alto. Segundo técnicos da SES, as variações refletem fatores climáticos. A exemplo, chuvas e altas temperaturas. Em suma, isso exige vigilância constante.
Marcus Carvalhal, técnico da Coordenadoria de Controle de Vetores da SES, reforça que o momento exige atenção redobrada. “Estamos entrando no período mais favorável à proliferação do mosquito. Com os dados atualizados, conseguimos agir com mais precisão. E, ao mesmo tempo, reforçar as estratégias nos municípios que apresentam maior risco. Além da dengue, ainda mais, temos observado com preocupação o avanço da chikungunya em algumas regiões”, destacou.
Reforço na frota e suporte aos municípios
Para ampliar o alcance das equipes de campo, a SES entregou, em junho, 30 caminhonetes para ações de prevenção, bem como para controle em diferentes municípios. Entre eles estão Bonito, assim como Maracaju, Ponta Porã, Coxim e por fim, Sidrolândia. Ademais, os veículos devem auxiliar em áreas de difícil acesso e garantir respostas mais ágeis.
O coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lúcio Rosário, ressaltou que o levantamento dos índices é fundamental para nortear as ações. “O LIRAa nos dá uma fotografia clara do cenário em cada município. Com isso, conseguimos mobilizar as equipes locais, intensificar os mutirões e orientar os gestores para que o trabalho seja mais efetivo.”
Responsabilidade compartilhada
A SES reforça que o combate ao mosquito não depende apenas do poder público, mas também da colaboração da população. A eliminação de criadouros e o cuidado com recipientes que acumulam água são medidas fundamentais para reduzir a infestação.
“Cada cidadão tem um papel essencial nesse enfrentamento. Não é apenas uma questão de saúde pública, é uma atitude de cuidado coletivo com nossas famílias, vizinhos e comunidades. Dessa forma, precisamos manter a vigilância ativa e agir juntos para evitar que o mosquito se espalhe”, destacou a secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone.
Fonte: SES