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Apesar das técnicas avançadas, ainda há muitos mitos sobre os exames de imagem. A tecnologia vem contribuindo para exames mais seguros

MITOS E VERDADES: Sobre exames de imagem

Tecnologia contribui para exames mais seguros

Apesar das técnicas avançadas, ainda há muitos mitos em relação aos exames de imagem. No entanto, a tecnologia vem contribuindo bastante para deixar exames muito mais seguros.

Entretanto, ainda há muitas dúvidas relacionadas a esses procedimentos. Principalmente, no que se diz respeito àqueles que utilizam radiação. Aliás, a informação correta é fundamental. Ainda mais, para aumentar a adesão aos exames. E, consequentemente, escolher o tratamento mais eficaz. Como também, aumentar as chances de cura.

O médico radiologista Dr. Harley de Nicola vai tirar essas dúvidas. Ele faz parte da Fundação Instituto de Pesquisa em Diagnóstico por Imagem. E assim, pode nos ajudar a entender mais sobre os exames de diagnóstico por imagem.

Exames de ultrassom e ressonância magnética não levam radiação

Verdade. No ultrassom temos a emissão de ondas sonoras. Mas não conseguimos escutar as mesmas. E ainda mais, elas ajudam a produzir imagens dinâmicas do corpo humano. Já a ressonância magnética, no entanto, utiliza o campo magnético. Sobretudo, para retratar imagens de alta definição dos órgãos do corpo humano.

Pacientes com claustrofobia não podem fazer exames de ressonância

Mito. Aliás, o paciente que possui claustrofobia pode se beneficiar da ressonância de campo aberto. Isso, em apenas alguns casos. Pois a mesma, é feita em um aparelho similar ao convencional. Mas, conta com aberturas. Caso não seja possível, existe a possibilidade de realizar o exame com anestesia/sedação. Contudo, com acompanhamento de um médico anestesista.

Grávidas não devem realizar exames com radiação

Verdade. Primeiro, os exames de imagem são mais seguros no último trimestre da gestação. E ainda assim, devem ser evitados nas 12 primeiras semanas. No entanto, a partir da décima segunda semana, já é possível realizar o exame de ressonância magnética sem o uso de contraste.

Existem exames com mais radiação que radiografia

Verdade. Sobretudo, a tomografia, por exemplo, pode chegar a emitir 10 vezes mais radiação do que um aparelho de RX.

Não se pode usar objetos metálicos na hora dos exames

Verdade. Afinal, todos os objetos metálicos precisam ser retirados. Como por exemplo, brincos, anéis, pulseiras e relógios. Pois, os metais podem sofrer aquecimento. E além disso, prejudicar a avaliação final do diagnóstico. Bem como, em exames como a ressonância magnética, a pele pode sofrer aquecimento. Contudo, também com a presença de tatuagens.

Paciente com pino e marca-passo pode fazer ressonância

Mito. O exame é contraindicado para pessoas que tenham implantes eletrônicos. Devido ao campo magnético gerado pelo aparelho de ressonância. Como por exemplo, para quem tem marcapasso cardíaco. Pois o mesmo vale para marcapasso cerebral. Como também, clip de aneurisma cerebral e stent. Além de pinos, parafusos ou placas no corpo.

Os exames apresentam efeitos colaterais

Parcialmente verdade. Em geral, exames de imagem não apresentam efeitos colaterais significativos. Embora sejam muito raros, os efeitos colaterais como reações alérgicas acontecem mais quando se utiliza contraste na ressonância. E, principalmente no caso de tomografia.

O contraste apresenta riscos à saúde

Verdade. Estes exames são extremamente seguros. Aliás, as complicações pela injeção de contraste são raras. E assim, quando acontecem, geralmente são leves. As reações adversas ao exame feito com contraste iodado iônico são raras. Isso, com base em estudos internacionais. Que no entanto, acontecem numa proporção de 1 para cada 150 mil pacientes. E, entre os que apresentam alguma reação, as mortes acontecem uma a cada 15 mil. Os agentes de contraste à base de gadolínio (usado na ressonância) são mais seguros que o contraste iodado. E, portanto, as reações leves ou graves são ainda mais raras.

Exames de raio-x fazem mal e só podem ser feitos uma vez ao ano

Mito. É verdade que existe um limite anual para fazer exame de imagem com radiação. No entanto, a quantidade de radiação emitida nesse tipo de exame é mínima. E o avanço tecnológico permitiu o desenvolvimento de máquinas mais seguras. Principalmente aquelas que utilizam técnicas digitais. O exame deve ser feito com indicação médica precisa.

Quem faz exames de raio-x pode desenvolver câncer

Parcialmente verdade. Exposições exageradas às radiações aumentam o risco de câncer. Nas radiografias simples, no entanto, a dose efetiva de radiação é muito pequena. O que equivale a alguns dias de radiação natural. A mesma que estamos expostos no ambiente em que vivemos.

Exames de raio-x só são feitos para ver ossos

Mito. Apesar de não serem ideais para visualizar órgãos. Como o coração e o fígado, por exemplo. Eles são essenciais para o diagnóstico de diferentes doenças no pulmão. Como também, no intestino. É possível ainda avaliar outras estruturas. Como estômago, o esôfago, o duodeno e o útero, por exemplo. Isso quando o exame de raio-x é associado ao uso de contraste.