Croatas estiveram na final da última copa, mas marroquinos são a primeira seleção africana a chegar às semifinais do Mundial de futebol
Croácia e Marrocos são as grandes surpresas nas semifinais da Copa do Mundo, mas, como os croatas descobriram em 2018 e muitos outros semifinalistas de longa data antes deles, as duas etapas restantes para se tornarem campeões mundiais costumam ser as mais difíceis.
Nas 21 edições da Copa do Mundo ao longo de 92 anos, com 79 países participantes, houve apenas oito vencedores e apenas 13 chegaram à final. A Espanha foi a última a se juntar ao grupo de elite dos campeões, em 2010, depois da França em 1998 e da Argentina em 1978.
Desde então, alguns “forasteiros” chegaram às semifinais, mas quase todos não conseguiram ir além.
Polônia e Bélgica perderam para as eventuais campeãs Itália e Argentina, respectivamente, em 1982 e 1986 e, embora a antiga campeã Inglaterra não gostasse de ser incluída no grupo dos menos favoritos, foi uma surpresa quando chegou às semifinais em 1990, em que perdeu para a Alemanha Ocidental.
Além disso, a Bulgária chegou a semifinal em 1994, e a Iugoslávia avançou às semifinais em 1930 e 1962. Depois que o país se separou, a Croácia apareceu como uma nação independente pela primeira vez em 1998, também chegando a semifinal.
Semifinais
O torneio de 2002 foi outro em que dois forasteiros, Coreia do Sul e Turquia, avançaram às semifinais, mas acabaram sendo eliminados por gigantes do torneio: Brasil e Alemanha, que disputaram o título.
Portugal chegou à sua segunda semifinal em 2006, perdendo para a França.
Quatro anos depois, a semifinalista “surpresa” foi a Espanha, que nunca havia chegado a esta fase antes (embora estivesse na segunda fase de grupos em 1950). O bicampeão Uruguai também havia atingido a marca pela última vez em 1970.
A Croácia chegou às semifinais em 2018 e foi melhor do que a participação de 20 anos atrás ao vencer a Inglaterra, perdendo apenas para a França na final.
Os croatas estão de volta este ano, contra a Argentina, mas é o Marrocos que levanta a bandeira para os verdadeiros azarões, já que é a primeira seleção africana a chegar às semifinais. Esse feito foi completado em grande estilo ao despachar Bélgica, Espanha e Portugal.
França e Argentina, cada uma em busca de um terceiro título, serão as favoritas para acabar com os conto de fadas, mas os torcedores “neutros” em todos os lugares certamente desejarão que um dos azarões vença e, depois, se torne o nono campeão mundial diferente.
Fonte: meuvicioemlivros