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Durante a reunião com a comitiva da Secretaria de Estado de Saúde, o prefeito Marçal Filho solicitou, apoio do Estado para desafogar sistema de saúde em Dourados. Foto: PM Dourados

Marçal Filho solicita apoio do Estado para desafogar sistema de saúde em Dourados

Ontem (28), o prefeito de Dourados, Marçal Filho, e o secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, receberam uma comitiva da Secretaria de Estado de Saúde para tratar da situação crítica da saúde pública na cidade

O prefeito de Dourados, Marçal Filho, e o secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, receberam na manhã (28) uma comitiva da Secretaria de Estado de Saúde para tratar da situação crítica da saúde pública no município. Estiveram presentes o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões. A secretária adjunta, Christine Maymone. O assessor técnico João Tognini. E o secretário adjunto da Casa Civil, Walter Carneiro Jr. O vereador Pedro Pepa também participou da reunião.

Durante o encontro no gabinete do prefeito, Marçal Filho entregou ao secretário estadual um levantamento demonstrativo de produção de atendimentos e valores contratualizados entre o governo do Estado e as prefeituras de Dourados. Três Lagoas. E Ponta Porã, destacando a disparidade nos repasses.

De acordo com dados apurados pela Secretaria Municipal de Saúde, Dourados recebe atualmente R$ 8.518.726,29 por mês para atender uma população estimada em 867 mil pessoas. Valor que representa R$ 9,81 por habitante. Em comparação, Três Lagoas recebe R$ 8.842.779,86 para uma população de 359 mil habitantes (R$ 24,50 per capita) e Ponta Porã, R$ 7.779.149,88 para 329 mil habitantes (R$ 23,60 per capita). Embora todos sejam responsáveis por atender cidades vizinhas, Dourados abrange uma macrorregião muito maior, envolvendo 34 municípios.

Para o secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, a falta de recursos, obriga a Prefeitura de Dourados investir na saúde com fundos próprios

Segundo Márcio Figueiredo, essa defasagem de recursos obriga a Prefeitura de Dourados a investir significativamente mais recursos próprios na alta complexidade. Sobretudo, o que limita a capacidade de investimento na atenção primária à saúde. Desse modo, a situação se agrava diante da superlotação do Hospital da Vida. Unidade de portas abertas que recebe pacientes de toda a região, da UPA e do Hospital Universitário da UFGD. Que também opera acima da capacidade.

Durante a reunião, o prefeito Marçal Filho reiterou que assumiu a gestão em janeiro deste ano enfrentando sérios problemas em todas as áreas e uma folha salarial que consome 53,7% da arrecadação municipal. Contudo, o que agrava ainda mais as dificuldades financeiras da saúde.

O secretário municipal de Saúde também aproveitou o encontro para solicitar apoio do Estado na reforma e ampliação de 15 a 20 unidades básicas de saúde. Todavia, muitas dessas estruturas, segundo ele, estão comprometidas e necessitam de reforma geral. Substituição de mobiliário e aquisição de novos equipamentos para garantir atendimento de qualidade à população.

Em resposta, o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, afirmou que o governo é municipalista e quer ser parceiro de Dourados. Ele informou que está em andamento um levantamento dos valores de repasses feitos aos municípios, bem como a análise da produção de cada hospital.

Por fim, segundo Simões, hospitais que não atingirem o volume de procedimentos previstos poderão ter seus recursos reduzidos. E os valores redistribuídos a unidades com maior produtividade, como é o caso de Dourados. Além disso, o Estado também estuda soluções específicas para as macrorregiões, buscando um equilíbrio que evite a sobrecarga de alguns municípios em detrimento de outros.

Fonte: PM Dourados