Brics discute tarifaço em reunião virtual liderada pelo Brasil
Na manhã (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião virtual com os líderes dos países membros do Brics para discutir sobre tarifaço e guerras.
A cúpula foi organizada pelo Brasil, que está na presidência rotativa do bloco de países emergentes, com o objetivo de coordenar estratégias centradas no multilateralismo. Contudo, em meio à nova política dos Estados Unidos de elevar as tarifas contra parceiros comerciais.
Os líderes discutiram o fortalecimento de acordos e o uso de moedas nacionais e mecanismos alternativos de comércio. Bem como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e a necessidade de reformas nas instituições de governança global.
O presidente Lula deve convidar os líderes do Brics para evento no Brasil
Lula ainda deve reforçar o convite aos líderes para participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém, em novembro próximo.
O tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump tenta reverter a relativa perda de competitividade da economia do país norte-americano para a China nas últimas décadas.
Especialistas consultados pela Agência Brasil avaliam que a medida do governo estadunidense também é uma chantagem política com objetivo de atingir o Brics. Todavia, Washington encara o grupo de potências do Sul Global como uma ameaça à hegemonia dos Estados Unidos no mundo. Em especial, devido à proposta de substituir o dólar nas trocas comerciais.
Sobretudo, a reunião extraordinária que ocorreu (8) aconteceu dois meses após a Cúpula do Brics no Rio de Janeiro. Momento em que Trump voltou a ameaçar os países que se alinhassem as políticas do bloco.
Os países que formam o Brics são Brasil, Rússia, Índia e China, que fundaram o bloco, África do Sul, que integrou o grupo logo após sua criação, e Arábia Saudita. Egito. Emirados Árabes Unidos. Etiópia. Indonésia e Irã.
Por fim, o governo divulgou uma nota após a reunião, detalhando o que foi tratado no encontro. Em sua fala, Lula deve reforçar a defesa da soberania do país e a importância de ampliação e diversificação comercial entre os países do Sul Global.
Fonte: agência brasil