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Começou os jogos Paralímpicos 2024, em Paris (França) e o Brasil é considerado conta com 276 atletas, dos quais apenas oito são de MS. Foto: divulgação;

Jogos Paralímpicos tem 8 representantes de MS, confira

Com oito representantes de MS, Jogos Paralímpicos começam nesta quarta-feira em Paris

Começou de forma oficial, os jogos Paralímpicos 2024, em Paris (França) e o Brasil é considerado uma das principais potências nas modalidades adaptadas para pessoas com deficiências. A delegação nacional conta com 276 atletas, dos quais apenas oito são naturais de Mato Grosso do Sul.

Ao todo, são 255 esportistas com deficiência, 19 atletas-guia (18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Assim, os brasileiros disputarão 20 das 22 modalidades dos Jogos, ficando fora só do basquete em cadeira de rodas e do rúgbi em cadeira de rodas.

Nas últimas quatro edições, o Brasil se manteve no top 10 do quadro de medalhas. Na última edição, em 2021, foram 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. Aliás, o grande objetivo do País neste ano será superar a sétima colocação geral, alcançada duas vezes, em Londres 2012 e Tóquio 2021.

Conheça a lista de atletas de MS que estarão nos Jogos Paralímpicos:

Gabriela Mendonça Ferreira – Campo Grande – 26 anos

Gabriela Mendonça Ferreira, de Campo Grande, enfrentou grandes desafios desde cedo. Durante a gravidez, sua mãe foi mordida por um gato infectado com toxoplasmose, resultando dessa forma, em complicações que afetaram a visão e audição de Gabriela.

Diagnosticada com coriorretinite bilateral e otite crônica, ela encontrou no esporte uma forma de superar as adversidades. Em 2009, por meio de um projeto escolar, Gabriela descobriu o esporte paralímpico e nunca mais parou.

Sua carreira é marcada por inúmeras conquistas, incluindo o ouro no salto em distância e o bronze nos 100 metros nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, além de várias medalhas em campeonatos mundiais e sul-americanos. Agora, em Paris, Gabriela busca transformar mais uma vez as adversidades em vitórias nas pistas.

Paulo Henrique Andrade dos Reis – Dourados – 26 anos

Nascido em Dourados, Paulo Henrique Andrade dos Reis foi diagnosticado com retinose congênita aos dois anos de idade. Em razão disso, enfrentou múltiplas cirurgias após descolamento de retina e catarata. Assim, Paulo encontrou no esporte paralímpico uma nova perspectiva de vida. Seu talento descoberto por um treinador local, que o convidou para participar de um projeto esportivo em sua cidade.

Com uma carreira promissora, Paulo já conquistou a prata no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e o ouro na mesma modalidade no Grand Prix de Marrakech 2023. Em Paris, ele está pronto para consolidar seu lugar entre os melhores do mundo.

Yeltsin Francisco Ortega Jacques – Campo Grande – 32 anos

Yeltsin Francisco Ortega Jacques nasceu com baixa visão e sua entrada no atletismo aconteceu de forma inesperada. Ele começou a correr para ajudar um amigo cego, mas logo descobriu seu próprio talento para o esporte. Desde então, Yeltsin se dedicou ao atletismo, participando pela primeira vez das Paralimpíadas Escolares em 2007.

Sua carreira é repleta de medalhas e recordes. Yeltsin foi ouro nos 5.000 metros no Mundial de Kobe 2024 e nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, além de ter conquistado duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio 2020. Em Paris, ele busca expandir seu legado como um dos maiores atletas paralímpicos do Brasil.

Débora Raiza Ribeiro Benevides – Campo Grande – 28 anos

Débora Raiza Ribeiro Benevides nasceu com uma má-formação que causou atrofia nas pernas. Inicialmente, ela começou no atletismo aos 15 anos, mas logo percebeu que seu verdadeiro talento estava na água. A canoagem se tornou sua paixão e, com muita determinação, Débora passou a se destacar em competições nacionais e internacionais.

Entre suas conquistas estão a prata na canoa no Parapan-Americano em Halifax 2022 e o bronze no Mundial em Copenhague 2021. Débora, agora em Paris, continua a representar Mato Grosso do Sul com orgulho e determinação.

Fernando Rufino de Paulo – Mundo Novo – 39 anos

Fernando Rufino de Paulo, conhecido como “Cowboy”, sempre sonhou em conquistar o mundo montado em um touro. No entanto, após um grave acidente em que foi atropelado por um ônibus, Fernando perdeu parcialmente o movimento das pernas. Determinado a seguir em frente, ele encontrou na canoagem um novo propósito.

Com uma carreira vitoriosa, Fernando conquistou o ouro na canoa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e o ouro no Mundial em Copenhague 2021. Em Paris, o “Cowboy” busca novas conquistas e a chance de mostrar ao mundo sua resiliência nos Jogos Paralímpicos com atletas de MS.

Erika Cheres Zoaga – Guia Lopes da Laguna – 36 anos

Nascida com glaucoma, Erika Cheres Zoaga conheceu o judô em 2006, por indicação de uma amiga, a também judoca Michele Ferreira. Desde então, Erika se apaixonou pelo esporte e se dedicou intensamente aos treinos, o que resultou em uma carreira de sucesso.

Erika já conquistou várias medalhas, incluindo o bronze nos Jogos Mundiais da IBSA 2023, assim como a prata no Mundial de Baku 2022. Em Paris, ela espera sobretudo, adicionar mais uma medalha ao seu currículo.

Kelly Kethylin Barros Victorio – Campo Grande – 20 anos

Kelly Kethylin Barros Victorio nasceu com uma má-formação no nervo óptico, o que lhe causou baixa visão. Aos 15 anos, a convite de sua professora de Educação Física, ela experimentou o judô pela primeira vez. Logo em sua estreia nas Paralimpíadas Escolares, dessa forma, Kelly conquistou o bronze, marcando o início de sua promissora carreira.

Com apenas 20 anos, Kelly já é campeã nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens em Bogotá 2023 e vice-campeã brasileira em sua categoria. Portanto, em Paris, ela competirá ao lado de atletas mais experientes, mas com a determinação de sempre alcançar o pódio.

Edelson de Ávila – Iguatemi

O atleta-guia Edelson Avila estará nos Jogos Paralímpicos como guia dos desportistas do atletismo. Essa é a sua primeira vez no evento. Apesar de não ser PcD (Pessoa com deficiência), a participação do atleta é crucial para o sucesso dos competidores que necessitam de guia durante as corridas.

Fonte: gov.ms