Tecnologias digitais são ferramentas importantes da agricultura; Brasil conta com mais de 1.500 startups de agronegócios
Plataformas e conceitos de jogos digitais têm sido cada vez mais utilizados para aprimorar os processos de conhecimento, produção e venda no campo. E o empreendedorismo digital nessa área está em crescimento acelerado. Segundo levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), existem mais de 1500 startups de agronegócio no país, chamadas de agtechs.
Esses são dois dos temas que o Agrofure Summit discutirá, entre os dias 6 e 8 de outubro. O encontro, totalmente virtual e gratuito, reunirá especialistas de várias áreas. A proposta é mostrar, além de cenários futuros do agronegócio, também discutirá as contribuições das tecnologias para os micros e grandes produtores agrícolas.
Tecnologias por trás dos jogos digitais
O objetivo do evento, portanto, é fazer com que as ações e as melhores práticas nessa área sejam divulgadas entre profissionais de todo o Brasil.
Matheus Ferreira, palestrante do AGROFUTURE e coordenador de inovação do sistema CNA/SENAR e do Instituto CNA, diz que a digitalização é quase uma questão de sobrevivência.
Segundo o especialista, a linguagem e as tecnologias por trás dos jogos digitais têm sido bastante usadas em aplicativos e suportes técnicos no agronegócio.
O processo, que inclui jogos digitais, serve também como capacitação das pessoas. Pretende também formar produtores e trabalhadores rurais com um conteúdo mais profundos, mas usando uma plataforma mais amigável ou simplificada.
Agtechs
Um suporte importante para o agronegócio são as agtechs, startups de tecnologia aplicada à agricultura. O Radar Agtech 2020/2021, pesquisa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), identificou 1.574 agtechs, sendo 62,5% no Sudeste e 25,2% no Sul do país.
Somente o estado de São Paulo representa 48,1% do total nacional. O Paraná vem em segundo, com 9,6% das empresas e Minas Gerais em terceiro, com 8,8% das agtechs.
Startups voltadas para o agronegócios
Ainda de acordo com o levantamento, o investimento em novos empreendimentos tecnológicos no Brasil cresceu 17% em 2020, em relação a 2019, e chegou ao montante de US$3,5 bilhões. Desse valor, as agtechs receberam US$70 milhões. O cenário é de otimismo com as startups voltadas para o agronegócios.
No estudo da Radar, as empresas estão classificadas em três segmentos: Antes, Dentro e Depois da Fazenda. O Antes considera insumos, defensivos e conhecimento como nutrição vegetal; o Dentro considera gestão de resíduos agrícolas, economia compartilhada, conectividade e telecomunicação; e o Depois, armazenamento, logística, alimentação, venda, marketplace, restaurantes, por exemplo.
Atendimento virtual
Outra contribuição do mundo digital para a agricultura é a possibilidade de atendimento virtual. Matheus Ferreira analisa que a demanda por alimentos é crescente e o Brasil tem capacidade de atender esse mercado em ascensão. “Independente da pandemia (da Covid-19), o mercado vai crescer bastante, a demanda vai crescer e o que vai ficar de positivo é a maior aceitação, pelos produtores, das ferramentas digitais.
A metodologia de atendimento virtual deu muito certo e estamos trabalhando agora em um modelo híbrido, envolvendo redes sociais e marketplace para vender os produtos, por exemplo”, comenta.
Agrofuture Summit
Em sua primeira edição, o Agro Future Summit é um dos maiores eventos do país voltado para inovação e tecnologia para o agronegócio.
Realizado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, o evento terá encontros simultâneos, webinars, cursos, conteúdo ao vivo, encontros e seminários. Pode-se acessar o conteúdo por meio da plataforma, pelo computador, celular ou tablet. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas neste link aqui.
Ft: osemanario