Os 300 nomes da lista são o dobro da quantidade de mulheres e crianças encarceradas que Israel concordou em libertar
Israel divulgou, 22, uma lista de 300 prisioneiros palestinos detidos no país, que podem ser trocados com o Hamas pelos reféns israelenses e estrangeiros sequestrados no ataque terrorista de 7 de outubro. A operação é o aspecto central do acordo de cessar-fogo temporário entre as duas partes da guerra na Faixa de Gaza, definido na véspera.
De acordo com o Ministério da Justiça israelense, deve haver um período de espera de 24 horas antes que o acordo de reféns tenha implementação. Isso porque cidadãos israelenses podem contestar, perante o Supremo Tribunal, a libertação de determinados prisioneiros palestinos, reportou a mídia local.
Assim, os 300 nomes da lista são o dobro da quantidade de mulheres e crianças encarceradas que Israel concordou em libertar. Os termos do acordo determinam que 50 reféns sequestrados pelos terroristas terão liberdade em troca de 150 palestinos detidos em prisões israelenses.
Lista de Israel: Reféns no Hamas
A maioria das pessoas na lista tem adolescentes presos no último ano por delitos como arremesso de pedras ou incitação. Nenhum deles teve condenação por homicídio, embora alguns tenham cumprido sentenças por tentativa de homicídio.
Aliás, o mais jovem tem 14 anos, e a lista ainda inclui cerca de 40 mulheres. Os detidos terão liberdade para as suas casas na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza. Os militares israelenses afirmam ter detido mais de 1.850 palestinos na Cisjordânia desde o início da guerra, a maioria suspeitos de serem membros do grupo terrorista Hamas.
Assim, as libertações ocorrerão durante uma trégua de quatro dias no conflito, estendida por mais um dia a cada 10 novos reféns soltos pelo grupo extremista.
Contudo, o pacto também determina que um dia a mais de cessar-fogo pode conceder a cada 10 reféns extras libertados pelo grupo palestino.
Segundo o jornal israelense Haaretz, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e a cúpula do gabinete de guerra montado após o início do conflito, Yoav Gallant e Benny Gantz, serão os responsáveis por determinar quais prisioneiros terão liberdade em cada fase.
Fonte: veja