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Investimentos brasileiros nos EUA avançam em vários setores. Alimentos e bebidas, plásticos e serviços de TI são áreas que se destacam Foto: Divulgação/CNI

CNI: Investimentos brasileiros nos EUA cresceram 52,3% em uma década

Investimentos brasileiros nos EUA alcançam US$ 22,1 bilhões em 2024

Investimentos brasileiros nos EUA mostram aumento expressivo. Um mapeamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que ao menos 70 empresas brasileiras mantêm investimentos produtivos em 23 dos 50 estados americanos. Segundo os dados divulgados (24), os investimentos brasileiros em solo norte-americano alcançaram um estoque de US$ 22,1 bilhões em 2024, uma alta de 52,3% em relação a 2014. Os números mostram ainda que, entre 2020 e 2024, empresas brasileiras anunciaram mais de US$ 3,3 bilhões em novas operações no território americano.

Alimentos e bebidas lideram os investimentos brasileiros nos EUA, com 28%. Além disso, plásticos representam 12,4%. Produtos de consumo ficam com 9,8%. Software e serviços de TI, com 9,6%. Metais aparecem logo depois, com 9,3%. Ou seja, esses setores destacam-se.

Entre os estados americanos, a Flórida possui 12 empresas brasileiras com plantas produtivas. Em seguida, a Geórgia tem sete. Michigan, Minnesota, Missouri e Nova York contam com seis empresas cada. Por fim, Tennessee e Texas possuem cinco.

O estudo revela que, entre 2020 e 2025, 70 empresas brasileiras anunciaram projetos nos EUA. Principalmente a JBS, com US$ 807 milhões. Omega Energia investiu US$ 420 milhões. Companhia Siderúrgica Nacional aplicou US$ 350 milhões. Bauducco Foods destinou US$ 200 milhões. Embraer investiu US$ 192 milhões. Essas são as principais empresas, conforme informou a CNI.

Investimentos

O documento traz também informações sobre investimentos anunciados por nove empresas brasileiras nos primeiros cinco meses de 2025.

Entre os destaques estão a Embraer, com a implantação de um centro de manutenção no Texas, com investimentos previstos de US$70 milhões e geração de 250 empregos. Também se descatam a JBS (que anunciou uma nova planta em Iowa, com aporte de US$ 135 milhões e 500 empregos diretos) e Sustainea, parceria da Braskem com a japonesa Sojitz, com um investimento previsto de US$ 400 milhões no estado de Indiana.

O mapeamento mostra que 2.962 empresas brasileiras têm investimentos diversos nos EUA. Na avaliação da confederação, os números reforçam a forte integração econômica entre as duas economias.

“Essa é a prova de que o setor produtivo brasileiro vê na integração com os Estados Unidos muito mais que comércio; vê parceria. O avanço dos investimentos de ambos os lados, ao longo dos anos, reforça o caráter complementar e os benefícios mútuos dessa relação”, afirmou o presidente da CNI Ricardo Alban.

Por outro lado, o mapeamento indica que, no mesmo período, 186 empresas norte-americanas anunciaram novos negócios no Brasil. Ou seja, percebe-se uma movimentação significativa. Nesse sentido, entre as principais companhias, destacam-se Bravo Motor Company (US$ 4,3 bilhões), bem como Microsoft (US$ 3 bilhões). Além disso, CloudHQ também investiu US$ 3 bilhões. Amazon.com aparece logo depois, com US$ 2,8 bilhões. Ademais, a New Fortress Energy destinou US$ 1,6 bilhão.

“No que se refere a investimentos anunciados, de 2015 a 2025, os setores mais atrativos para investidores dos EUA, em território brasileiro, foram comunicações (31,0%), montadoras de automóveis (13,5%), carvão, petróleo e gás (11,4%), serviços financeiros (10,9%), bem como energias renováveis (7,1%)”, disse a CNI.

Fonte: Ag. Brasil