Medtronic, fabricante de dispositivos médicos firmou parceria com a startup de cibersegurança e IoT Sternun, de Israel, para proteger os marca-passos dos hackers
Como qualquer tecnologia, os marca-passos também afetaram-se pelos avanços dos últimos anos. Os dispositivos são menores do que costumavam ser e podem ser acompanhados e calibrados via software. Por outro lado, imagine o que acontece se um hacker usar desse sistema para invadir um marca-passo?
Parece um pesadelo, mas ataques cibernéticos têm acontecido com frequência. E, para evitar riscos para a vida dos pacientes, a Medtronic, empresa fabricante de dispositivos médicos, firmou parceria com a startup de cibersegurança e IoT Sternun de Israel para cuidar da questão.
Invasões letais contra marca-passos
O grande problema da Medtronic não está diretamente no dispositivo, mas nos hackers invadindo sistemas remotos que controlam os marca-passos. Quando notava que algo estava errado, a solução da empresa era desconectar os marca-passos da internet – o que também pode fazer surgirem outros problemas.
Com a parceria, os marca-passos ficam protegidos em tempo real, por meio de uma segurança autônoma que opera de dentro do dispositivo médico. E que pode, dessa maneira, protegê-lo de ataques sem a necessidade de atualizações e correções de vulnerabilidades.
A proteção para prevenir hackers invadindo marca-passos é mais fácil de ser implementada em dispositivos novos. Mas os antigos e que já estão em uso também estão protegidos. “O mercado tem milhões, talvez bilhões de dispositivos médicos conectados. E isso pode ser um pesadelo de segurança e gerenciamento”, afirma Natali Tshuva, CEO da Stern, ao site TecCrunch.
Ataque cardíaco hacker
Quando um hacker invade um sistema conectado a um marca-passo ele pode causar danos à saúde do paciente que está usando o dispositivo médico. Altera, portanto, o ritmo cardíaco ou até mesmo faz o aparelho parar de funcionar.
No entanto, a questão da invasão pode ir além e acabar afetando também o sistema de saúde. Os dispositivos podem, dessa maneira, conectar-se a uma rede de hospitais. E, com isso, o ciberataque causa uma violação que pode prejudicar mais pessoas.
Em todo o mundo, 79% de todas as violações de segurança virtual ocorridas em 2020 foram em sistemas de saúde. Este é um setor muito conhecido como alvo. E, dados do Health IT Security apontam aumento de 45% nos ataques a sistemas de saúde desde o início da pandemia.
Via Teccrunch