Importações de soja pela China atingem recorde com embarques do Brasil em junho
As importações de soja pela China atingiram recorde para o mês de junho, impulsionadas por embarques do Brasil, que é o principal fornecedor da oleaginosa. O dado é resultado de cálculo da Reuters com base em informações alfandegárias divulgadas (14). Além disso, a China é a maior compradora de soja do mundo. Em junho, o país importou 12,26 milhões de toneladas do grão. Isso representa um aumento de 10,35% em relação às 11,11 milhões de toneladas registradas no mesmo mês do ano anterior.
Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures, disse que uma forte safra brasileira alimentou o aumento das importações em junho. Além disso, ele destacou “o aumento da compra de grãos brasileiros em meio às contínuas tensões comerciais entre China e EUA”. De acordo com o provedor de dados de embarque Kpler, a China importou 9,73 milhões de toneladas de soja do Brasil em junho. Enquanto isso, os embarques oriundos dos Estados Unidos totalizaram apenas 724.000 toneladas no mesmo período. As autoridades divulgarão os dados oficiais de origem em 20 de julho. Wang Wenshen, analista da Sublime China Information, sediada em Shandong, afirmou que os fortes lucros obtidos com os altos preços spot anteriores do farelo de soja também incentivaram mais compras.
China importou 49,37 milhões de toneladas de soja no primeiro semestre
Ainda assim, no primeiro semestre do ano, a China importou um total de 49,37 milhões de toneladas de soja. Houve um aumento de 1,8% em relação ao ano anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândega. As chegadas de soja na China em julho devem totalizar 10,48 milhões de toneladas. Esse número está acima das 9,85 milhões de toneladas no ano anterior, de acordo com a média das estimativas de um trader e dois analistas.
“Dados recentes mostram que os embarques semanais do Brasil continuam altos, reforçando as expectativas de fortes importações de soja pela China em julho e agosto”, disse Wan. Além disso, “a China ainda não comprou nenhuma soja norte-americana para o quarto trimestre”. Portanto, as decisões de compra provavelmente dependerão do resultado das futuras negociações comerciais entre a China e os EUA.”
Fonte: comprerural.com/Reuters
