A Petrobras conseguiu participação em três dos quatro blocos concedidos. A empresa arrematou sozinha o bloco Norte de Brava
O governo federal realizou a concessão de quatro blocos exploratórios de pré-sal, de 11 ofertados, localizados nas bacias de Campos e Santos. Os ativos concedidos durante o leilão feito na sexta-feira (16) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro.
Assim, o total de bônus ofertado foi de R$ 916.252 milhões e a previsão do investimento mínimo na fase de exploração é de R$ 432 milhões, segundo a ANP.
“O valor da arrecadação em bônus de assinatura representa 72% do máximo que poderia ser arrecadado, caso todas as áreas tivessem sido arrematadas”, afirmou o Diretor-Geral da ANP, Rodolfo Saboia.
“Com isso, garantimos investimentos mínimos de R$ 1,44 bilhão, que vão resultar em atividade econômica, empregos e renda para os brasileiros. Isso mostra que as áreas de maior potencial foram objeto de interesse das empresas de exploração e produção de petróleo e gás”, acrescentou.
Petrobras domina leilão de pré-sal
A Petrobras conseguiu participação em três dos quatro blocos concedidos. Aliás, a empresa arrematou sozinha o bloco Norte de Brava, no pré-sal da Bacia de Campos, um dos principais ativos do certame.
A estatal ofertou um percentual de 61,75% do excedente em óleo da produção do campo à União. Assim, superando a proposta feita pelo consórcio formado por Equinor e Petronas, que ofereceu 30,71%.
Nesse sentido, o ágio da proposta vencedora feita foi de 171,73%, o que indica que a oferta de excedente em óleo da produção foi bem acima do piso exigido no edital, que era de 22,71%.
No entanto, a Petrobras também mantinha 30% em parte do consórcio vencedor do bloco Água-Marinha, também na Bacia de Campos, que contava ainda com a participação de TotalEnergies (30%), Petronas (20%) e QatarEnergy (20%).
O terceiro bloco que a estatal arrematou foi o Sudoeste de Sagitário, na bacia de Santos. Contudo, a composição do consórcio vencedor foi de 60% da Petrobras e 40% da Shell Brasil. Além disso, a proposta vencedora ofertou à União um percentual de excedente em óleo de 25%.
Por fim, o quarto bloco, chamado Bumerangue e localizado na bacia de Santos, foi arrematado em proposta única da BP Energy, que se comprometeu em destinar um percentual de 5,90% do excedente em óleo produzido no campo.
O leilão
Segundo o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, as empresas estão muito seletivas nos investimentos e também avaliaram os riscos geológicos – esses blocos que restaram ficam em áreas de maior risco.
Aliás, outro ponto levantado por Saboia foi a competição com países vizinhos que estão oferecendo boas oportunidades. O diretor ainda afirmou que o leilão teve disputa entre as empresas do setor.
“Em Água Marinha, o percentual mínimo de excedente em óleo foi superado em 220% e, no caso de Norte de Brava. O percentual ofertado teve um ágio de quase 171,73% em relação ao mínimo”, destacou.
“Com isso, garantimos mais recursos para a sociedade brasileira também no longo prazo. Por meio de uma maior arrecadação sobre o lucro da produção de petróleo decorrente do leilão”, completou.
Fonte: udop