Você está visualizando atualmente Gasolina deve subir após mudança do ICMS
As alíquotas do ICMS eram proporcionais ao valor (ad valorem) e definidas por cada estado, variando geralmente entre 17% e 18%

Gasolina deve subir após mudança do ICMS

Os dados foram calculados considerando os preços médios da gasolina apurados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP)

A oneração de forma única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve aumentar o preço da gasolina em 23 estados e no Distrito Federal a partir de 1º de Junho.

É o que aponta um estudo conduzido pela consultoria Leggio. A nova regra determina alíquota geral de R$ 1,22 em todo o Brasil, elevando o preço em 5% em ao menos nove estados. Somente três unidades da federação deverão registrar recuo no preço das bombas.

Anteriormente, as alíquotas do ICMS eram proporcionais ao valor (ad valorem) e definidas por cada estado, variando geralmente entre 17% e 18%.

Os dados foram calculados considerando os preços médios da gasolina apurados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP). Assim, os percentuais são a expectativa de variação com a mudança da tributação.

Apesar das expectativas, Marcus D’Elia, sócio da Leggio, ressalta que o preço final é responsabilidade dos empresários. Ou seja, não é possível cravar quanto cada posto irá cobrar.

Além disso, o cálculo considera fatores estáveis. Caso a Petrobras atue para absorver a alta, pode haver alterações no resultado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no último dia 17 que a Petrobras não utilizou todo potencial de redução de preços de combustíveis em seus anúncios recentes e guardou margem para compensar reonerações.

A mudança de alíquota do ICMS na gasolina

O presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Carlos Eduardo Xavier, explicou na época da mudança que o novo valor está nos termos do que prevê a unificação do ICMS dos combustíveis nacional e específica, cobradas uma só vez.

Xavier disse que a premissa básica para definir a alíquota foi olhar mais para as unidades federadas. A fim de que elas não tenham mais perdas.

“Fazemos um cálculo em cima de uma média do que temos hoje de alíquotas modais no país e chegamos a este valor, que é um valor que dá conforto às 27 unidades federadas”, disse Xavier. Ele explicou que, com essa alíquota, as unidades federativas não terão mais perdas na arrecadação. Solucionando o contexto de perdas que vigora desde o ano passado.

Apesar do avanço do preço em parte dos estados, Marcus D’Elia destaca que o imposto único é positivo, já que simplifica a incidência do ICMS.

“O imposto único é positivo e tem impacto significativo para a sociedade, ao reduzir a sonegação fiscal e o custo logístico de distribuição de combustíveis e ainda eliminar perdas tributárias. Sendo assim, a partir de agora, haverá otimização do fluxo logístico de maneira plena. Já que tanto diesel quanto gasolina estarão no modelo ad rem”.

Fonte: Cnn