A edição do G7 será entre os dias 26 e 28 de junho
O Brasil fica novamente de fora dos convidados para cúpula do G7. A Alemanha, país que preside o G7 este ano, anunciou nesta segunda-feira (2) os países convidados para a próxima cúpula do grupo, em junho. São eles: África do Sul, Senegal, Índia e Indonésia. No entanto, a mesma acontecerá em junho deste ano.
E ainda mais, Berlim chamará os líderes da África do Sul, da Índia, da Indonésia e do Senegal para o encontro. Mas o Brasil novamente ficará de fora do G7, pela terceira vez consecutiva.
O G7, grupo de países desenvolvidos formado por Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão e Canadá, além da União Europeia, costuma convidar para suas cúpulas alguns países que apresentem relevância no momento.
Contudo, na última edição, realizada no ano passado no Reino Unido, Austrália, Índia, África do Sul e Coreia e do Sul foram os países convidados.
Bolsonaro chegou a dizer que poderia participar
Aliás, em 2020, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, chegou a dizer que poderia ser convidado para a reunião do G7. Pois naquele ano, a mesma era presidida pelos Estados Unidos. Então comandado por Donald Trump.
Todavia, por conta da pandemia, adiou-se o encontro, e o Brasil acabou fora novamente da lista.
Em 2019, o Brasil também ficou de fora da cúpula do G7. Tudo isso, porque na ocasião, o presidente da França, Emmanuel Macron anunciou uma ajuda emergencial para combater queimadas na Amazônia. Contudo, em meio ao clima de tensão entre Brasil e França por conta de críticas de Macron à falta de combate aos incêndios no Brasil. Após o anúncio da ajuda, Bolsonaro questionou os interesses do líder francês na floresta.
Entretanto, na edição deste ano, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de junho em um castelo do distrito de Garmisch-Partenkirchen, no sul da Alemanha, os membros do G7 debaterão pautas em torno da sustentabilidade e da política climática. Que já era um tema central da presidência alemã do grupo.
Com o tema “Progresso na direção de um mundo equitativo”, o encontro vai debater questões como fortalecimento de alianças para um planeta sustentável.
A Guerra da Ucrânia deverá ser um dos temas do G7
Assim sendo, os países convidados do encontro, em que as principais economias mundiais discutem alguns temas de relevância do momento e anunciam medidas conjuntas, costumam ser selecionados por adotarem um papel de destaque no cenário mundial.
Vale lembrar, que no fim de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, os representantes no Brasil dos países do G7 pressionaram para que Bolsonaro se posicionasse sobre a guerra.
Embora ainda não esteja na pauta oficial, a guerra na Ucrânia também deverá ser um dos temas centrais do encontro. Enfim, em 2014, o G7, que então se chamava G8, retirou a Rússia do grupo, após o governo de Vladimir Putin invadir e anexar a Crimeia, região da Ucrânia.
Além disso, o Itamaraty ainda não se pronunciou sobre a lista de países de convidados da nova cúpula do G7.