O FMI, está projetando um crescimento menor do PIB do Brasil neste ano, de 2,3%, em comparação ao avanço de 3,4% em 2024, confira
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento menor do PIB do Brasil em 2025, de 2,3%, em comparação ao avanço de 3,4% em 2024. Segundo avaliação do órgão, a desaceleração resulta de condições monetárias e financeiras mais restritivas. Redução dos estímulos fiscais do governo e aumento da incerteza política global.
A expectativa do Fundo é que o crescimento médio do País fique estabilizado em cerca de 2,5% nos próximos anos. Todavia, com a normalização da política monetária e os efeitos de reformas recentemente aprovadas, como o novo Imposto de Valor Agregado (IVA) e o Plano de Transformação Ecológica (PTE).
Para o FMI, porém, o balanço de riscos para o crescimento brasileiro está inclinado para baixo, muito por conta da crescente incerteza na política global. “Os riscos de baixa decorrem externamente de uma desaceleração nas principais economias em meio a tensões comerciais globais crescentes e incerteza política; e internamente dos efeitos maiores do que o esperado do aperto da política monetária e da possibilidade de um esforço fiscal menor do que o previsto”, dizem.
Em relação à inflação, o Fundo projeta um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,2% em 2025. E um processo gradual de convergência à meta de 3% que deverá ser concluído somente no fim de 2027.
No relatório, o FMI destaca que seus diretores elogiaram o compromisso do Banco Central com a estabilidade de preços e consideraram que a retomada do ciclo de altas na Selic no ano passado foi “apropriada e consistente” com a convergência da inflação à meta. “Os diretores também observaram que a contínua credibilidade dos quadros de política fiscal e monetária será importante para ancorar as expectativas de inflação”, acrescentaram.
Reformas no IR
Sobretudo, diretores do FMI elogiaram o esforço recente de autoridades brasileiras de melhorar continuamente a posição fiscal do País. Contudo, segundo eles, isso abre caminho para a queda de juros e a retomada de investimentos prioritários.
Sistema financeiro
Os diretores do FMI saudaram ainda o fato de que o sistema financeiro brasileiro permanece “resiliente”, com bancos altamente líquidos e “adequadamente capitalizados”.
“Embora elogiem a implementação pelas autoridades de mudanças regulatórias destinadas a fortalecer ainda mais a resiliência do setor financeiro, os diretores incentivaram o monitoramento e a supervisão dos riscos de crédito ao consumidor. Incluindo o programa de empréstimo consignado recentemente aprimorado”, detalharam.
Por fim, o FMI também ponderou que fornecer ao Banco Central brasileiro maior autonomia financeira e administrativa apoiaria “o progresso contínuo com inovações tecnológicas”.
Fonte: infomoney