O foco do evento é alcançar o setor de alimentos e bebidas
A FIEMS de Dourados sedia evento sobre mercado islâmico com empresários e representantes de organizações participaram do encontro programa Halal no Brasil, organizado pela parceria entre Centro Internacional de Negócios (CIN-MS), Câmara de Comércio Árabe-brasileira (CCAB) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O evento ocorreu na sede da Fiems.
Dessa forma, a palavra “Halal” vem do árabe e significa permitido, liberado, legal ou lícito. Ou seja, um produto que seja certificado “Halal” é um produto que é permitido, de acordo com os valores da religião islâmica, que rege os costumes e a vida diária dos muçulmanos.
O chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale, destacou que os mercados árabes são fundamentais para o modelo de exportação do estado, que a cada dia ganham mais espaço e representatividade, principalmente por conta do advento da Rota Bioceânica, e o Sistema Fiems pode contribuir nesse processo.
“O grau de exigência deles é muito grande e nesse aspecto o Senai preparado para orientar as empresas no sentido de produzir, cumprindo essas exigências. Então, o CIN-MS também tem dado um apoio no sentido da certificação de origem dos produtos daqui”, afirmou Del Casale.
FIEMS Dourados mercado islâmico
Em 2022, a receita obtida por MS com exportações para os países da Liga Árabe alcançou US$ 477,2 milhões (6% da receita total de exportação do estado).
Por isso, nos últimos cinco anos, as exportações da indústria de MS para os países da Liga Árabe aumentaram 46%.
A gerente de projetos internacionais da CCAB, Fernanda Dantas, ressaltou que o fato de Mato Grosso do Sul ser um grande produtor de alimentos e as indústrias já terem um olhar para a exportação, foram pontos que atraíram a instituição para realizar o evento aqui.
“A ideia é que os empresários sul-mato-grossenses entendam o valor do mercado islâmico, que é um mercado gigante. Então, o setor de alimentos e bebidas Halal movimentou, em 2022, US$1,2 trilhões, então é um mercado que tem muito potencial para ser acessado. Mas, o projeto Halal no Brasil atua na obtenção da certificação e nas ações de promoção comercial, nós queremos ajudar o empresário nisso”, finalizou.
Sendo assim, o gestor da empresa Vó Ermínia Alimentos, Gabriel Ferreira Galvanin, quer aumentar o faturamento e sentiu a necessidade de buscar o selo Halal.
“A gente já conversou com compradores interessados que exigem o Halal e nós ainda não temos, por isso vamos dar andamento na certificação. É um mercado muito lucrativo, tem um poder de compra muito grande, então se adequando às regras, é possível ter uma expansão significativa do negócio”, disse.
O workshop sobre o programa Halal no Brasil também realizado nesta quarta-feira (16/8) em Dourados
Fonte: fiems