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Neste ano, completa uma década que o Bonito Blues & Jazz Festival transforma, uma vez por ano, o destacado santuário ecoturístico.

Festival Bonito Blues e Jazz leva som para diversas cidades

De hoje a sábado, Campo Grande será palco de nove atrações do Bonito Blues & Jazz Festival.

Neste ano, completa uma década que o Bonito Blues & Jazz Festival transforma, uma vez por ano, o destacado santuário ecoturístico. Todavia a 270 km de Campo Grande, também na capital brasileira de dois dos estilos mais importantes da seminal música dos EUA.

“Não é qualquer coisa você realizar por dez anos um festival aqui que não é de música bastante conhecida ou popular, mas tem admiradores. A gente sabia disso”.

De acordo com o produtor cultural Afonso Rodrigues, idealizador e  organizador de todas as edições do festival, que de hoje a sábado faz desfilar, no Selina Hotel, nove atrações de Mato Grosso Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Paraguai e Argentina.

O line-up de amanhã será completamente dedicado aos paraguaios, com destaque para o baterista Totil Morel, de 70 anos, nome fundamental para o rock e a música instrumental do País.

Cinco décadas de estrada

Há cinco décadas na estrada, Morel vai se apresentar, em ritmo de celebração familiar, ao lado de suas duas filhas.

A presença do veterano, nascido fortuitamente em Buenos Aires, assim como de todos os outros hermanos no elenco do evento deste ano, parece consolidar um movimento de aproximação que vem sendo ensaiado já há algum tempo.

Ainda do Paraguai, a Band’Elaschica, liderada pela baixista Paula Rodriguez, traz 10 mulheres instrumentistas em um trabalho que mistura “o jazz e o popular” desde 2017, e a banda VPL Blues.

Da Argentina, quem faz honras, de um blues bem tradicional, é o guitarrista Rula Cancino, com sua banda Y Los de la esquina.

Se a presença de quem vem do outro lado da fronteira provoca tanto orgulho, os instrumentistas nacionais e locais não deixam de, com perdão do trocadilho, fazer bonito. Por exemplo, quem encerra a maratona, no domingo, é o bluesman Big Gilson.

Tem mais

Com 35 anos de uma carreira não menos que extraordinária, o guitarrista carioca portanto ouviu o seguinte de B. B. King “Quando eu vejo um jovem tocando blues tão bem assim e tão longe da América, sinto que minha missão nesta vida está cumprida”.

Contudo de São Paulo, o virtuose Walter Pinheiro traça de tudo, do ijexá ao funk, passando pelo samba jazz, no saxofone e na flauta. E do Paraná, José Antônio Boldrini, à frente de seu quarteto, apresenta, com o seu baixo acústico, a forte e inventiva ligação que mantém com o jazz, o “denominador comum” da música, em suas próprias palavras, desde que integrou o Sigma Jazz Group, nos anos 1980.

Assim a prata da casa de MS está representada no show de abertura, com o El Trio, que nos últimos cinco anos marcou a cena de Campo Grande com temporadas de fôlego e uma assinatura criativa das mais vigorosas para standards e temas autorais, e o projeto Mato Grosso do Blues, capitaneado pelo guitarrista Luis Ávila. Leia detalhes abaixo e confira, no box, a programação completa.

Realizado por Instituto Internacional Visão de Vida, La Paloma Eventos e Bolt Produções, o 10° Bonito Blues & Jazz Festival conta com recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC-MS).

Serviço

10° Bonito Blues & Jazz Festival

Sexta, 9/6
Band’Elaschica (Paraguai)
VPL Blues (Paraguai)
Toti Morel y Família (Paraguai)

Sábado, 10/6
Rula y Los de La Esquina (Argentina)
Luis Ávila & Friends (MS)
Big Gilson (RJ)

Local: Selina Hotel. Rua Santana do Paraíso, nº 554, Bonito. A partir das 21h. Ingressos pelo Sympla, R$ 40 (uma noite) ou R$ 100 (três noites) por pessoa.