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A proposta da Febraban e MJ é ampliar a identificação e repressão dos responsáveis pelos crimes, expandir o conhecimento técnico das forças de segurança

Febraban e Ministério da Justiça criarão fórum sobre crime cibernético

A Estratégia Nacional de Combate ao Crime Cibernético vai ampliar a identificação e repressão dos responsáveis pelos crimes, expandir o conhecimento técnico das forças de segurança e promover a cooperação permanente

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, iniciaram, durante encontro realizado nesta sexta-feira (10). O encontro ocorreu na sede da entidade, em São Paulo. Trata-se de conversas para criação da Estratégia Nacional de Combate ao Crime Cibernético.

Conforme o comunicado divulgado pela Febraban, a ideia do novo fórum é seguir os moldes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), “que tem apresentado resultados exitosos desde sua criação em 2003”.

Portanto, a proposta é ampliar a identificação e repressão dos responsáveis pelos crimes. Expandir, assim, o conhecimento técnico das forças de segurança e promover a cooperação permanente entre agentes públicos e privados, diz a entidade, na nota.

Assim, a entidade afirma que para isso, teria como instrumento o desenvolvimento conjunto de plataformas de compartilhamento de dados de fraudes por meios digitais. Desse modo, teria apoio à capacitação das forças de segurança em temas de cibersegurança e fraudes digitais, utilizando inclusive o laboratório de cibersegurança da Febraban. Além disso, vai atuar em campanhas de conscientização da população sobre os riscos cibernéticos e fraudes.

Febraban e crimes digitais

Em entrevista divulgada pela Febraban, o ministro Anderson Torres afirmou que é “extremamente importante juntarmos forças no combate a esses crimes. Estes  têm crescido muito, principalmente durante a pandemia. Período que a população passou a usar mais seus celulares, seus sistemas bancários, seus aplicativos”. “O caminho é juntar a iniciativa privada com o poder público. Acho que, juntos, conseguimos desenvolver um novo momento no combate aos crimes cibernéticos.”

Desse modo, Isaac Sidney afirmou na entrevista, que a “ideia é que façamos dessa reunião um embrião para discutirmos a criação e o lançamento da Estratégia Nacional de Combate ao Crime Cibernético. A exemplo da ENCCLA, que reúne mais de 90 entidades e da qual a Febraban é cofundadora. E estamos dispostos a ajudar a prevenir e combater esses delitos cibernéticos e fraudes eletrônicas”.

“O setor bancário tem conseguido inibir e prevenir essas fraudes. No ano passado, conseguimos evitar prejuízos aos correntistas da ordem de R$ 4 bilhões. Este ano estamos evitando algo em torno de R$ 8 bilhões”, prosseguiu o presidente da Febraban. “Precisamos da conjugação de esforços com as forças policiais, com o Estado. Além do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Banco Central e outros órgãos envolvidos”, acrescentou Sidney.

Ft: Febraban