O centenário do escultor polonês Frans Krajcberg (1921-2017) em museu
O centenário do escultor polonês, trás a exposição do Frans Krajcberg (1921-2017), que durante sua vida trouxe elementos da natureza e um ativismo ambiental para suas esculturas, é celebrado na exposição histórica Frans Krajcberg: por uma arquitetura da natureza, do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo.
Gratuita, a mostra irá inaugurar uma visita online, para quem não estiver na capital paulista e quiser conhecer um pouco mais da obra de Krajcberg, a partir desta quinta, 28, no site do museu.
Contudo, o centenário do artista acontece no ano de 2021. Mas, devido a pandemia a celebração na exposição em maio deste ano.
Com 160 trabalhos, entre esculturas, pinturas, desenhos, gravuras e objetos, reunidos de diversos lugares, principalmente de Nova Viçosa, da Bahia – principal casa das obras do artista – a mostra passeia pela produção de Krajcberg sem fugir do seu ativismo ambiental.
Dessa forma, várias de suas obras são feitas com madeiras calcinadas por queimadas do Brasil.
Sendo assim, segundo Diego Matos, curador-chefe do MuBE, em vídeo de divulgação da exposição, a mostra é uma viagem por entre as fases de Krajcberg. “Krajcberg foi um grande ambientalista. Muita gente o chamava de um artista-ecólogo…. É um nome reconhecido internacionalmente que vem após as vanguardas europeias”.
VIDA na exposição do Frans Krajcberg
Krajcberg chegou ao Brasil em 1948, após sua família, toda de origem judia, ter sido morta durante o Holocausto da Segunda Guerra. Em 1951, participou da primeira edição da Bienal Internacional de São Paulo com duas pinturas, mas começou a explorar as esculturas.
Se mudou para o Rio de Janeiro e chegou inclusive a dividir o ateliê com o escultor Franz Weissmann (1911-2005).
Residiu durante 45 anos em Nova Viçosa, no sul da Bahia, onde construiu mais de 300 esculturas, sempre de cunho ambiental, e chegou a plantar mais de 10 mil mudas de espécies nativas.
Foi um grande nome na defesa do meio ambiente, chegando a fotografar áreas atingidas por incêndios criminosos em algumas de suas viagens para o Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica.
Fonte: avozdaregiao