Exame de DNA reforça o papel da ciência forense em MS

O exame de DNA tem se mostrado cada vez mais um instrumento de cidadania em MS, atuando tanto no reconhecimento de paternidade quanto na busca por pessoas desaparecidas. Nos últimos dias, duas ações de grande impacto reforçaram o papel da ciência forense na vida da população.

O mutirão “Meu Pai Tem Nome”, realizado (16), atendeu mais de 400 pessoas. Isso aconteceu em Campo Grande, em busca do direito à identidade.

A Polícia Científica realizou 119 coletas de DNA durante a ação. Ela foi organizada pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, bem como foi uma parceria com o Condege. O Condege é, em outras palavras, o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais.

As análises serão processadas pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), garantindo rigor técnico nos resultados. Além da Capital, o mutirão também ocorreu em outras cidades do Estado, com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS).

Casos como o dos irmãos Norma, Antonio e Marilza Ximenes, que buscam provar a ligação familiar para resolver pendências de herança, e o da jovem Alícia Silva, de 18 anos, que quer garantir o reconhecimento da filha de quatro meses, ilustram o alcance social da iniciativa.

“Com esse trabalho conjunto com a Defensoria Pública, conseguimos oferecer muito mais do que um exame: garantimos às pessoas e famílias o direito de ter sua identidade reconhecida”, afirmou a diretora do IALF, perita criminal Josemirtes Prado da Silva.

DNA na busca por desaparecidos

Pouco antes do mutirão, entre 5 e 15 de agosto, Mato Grosso do Sul participou da 3ª edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, organizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

No Estado, 12 familiares procuraram os postos de coleta, sendo nove em Campo Grande, dois em Amambai e um em Três Lagoas. Os responsáveis inseriram as amostras de sangue e saliva nos bancos estadual e nacional de perfis genéticos. Tudo isso permite o cruzamento de informações para auxiliar na localização de pessoas desaparecidas.

De acordo com o delegado Rodolfo Daltro, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), houve quatro novos registros de desaparecimento no período. Ele é o coordenador da campanha em Mato Grosso do Sul.

Outros três casos tiveram solução ainda durante a ação. Isso ocorreu com a localização das pessoas e por fim, com o contato com seus familiares.

Nesse sentido, a diretora do IALF reforça que o serviço não se restringe ao período da campanha. Em outras palavras, “a coleta acontece de forma contínua, durante todo o ano. Afinal, a mobilização tem o papel de divulgar esse trabalho e também de alertar a população sobre a importância de procurar os postos disponíveis”.

Serviço permanente

Hoje, Mato Grosso do Sul conta com 15 postos de coleta permanentes em cidades como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Amambai e Naviraí.

Com ações que unem ciência forense e compromisso social, a Polícia Científica juntamente com seus parceiros institucionais seguem garantindo justiça, dignidade e identidade para centenas de famílias sul-mato-grossenses.

Por fim, acesse https://www.cgp.sejusp.ms.gov.br/pontos-de-coleta-campanha (copie e cole em seu navegador) para conferir endereços, contatos e horários de funcionamento das unidades.

Fonte: Secom/Gov.br