Saber em que ambientes digitais confiar ajuda a evitar golpes cibernéticos
A época de fim de ano é repleta de ofertas para compras online, mas também é um lugar propício para ser vítima de ataques. Para evitar golpes cibernéticos, é preciso estar atento. Não dar informações pessoais, de cartões, identidade e pagamentos a qualquer plataforma, e entender o que é confiável. Entre as medidas que podem ser tomadas para usar a internet como consumidor de forma segura, algumas foram listadas por especialistas de empresas de cibersegurança.
“Cibercriminosos utilizam datas como Black Friday e Natal para aplicar golpes, pois parte da população busca por boas oportunidades de compra e movimentam o comércio neste período”, explica Caio Telles, CEO da BugHunt. “Explorando isso, os cibercriminosos sobem clones de websites famosos, ou até mesmo websites novos como se fossem lojas online verídicas, mas com o objetivo apenas de aplicar golpes, seja roubando informações pessoais e financeiras, como também recebendo valores e não enviando os produtos supostamente adquiridos”, completa.
O consumidor então deve sempre observar se o preço ofertado está muito abaixo dos concorrentes. Para isso, é possível utilizar sites já conhecidos de comparação de preços, como Google Shopping, Zoom e Buscapé. “Além disso, não acessar as promoções clicando diretamente no e-mail recebido. Aconselhamos que o consumidor digite o endereço na barra do navegador e busque o mesmo produto dentro da loja”, afirma Telles.
Denis Riviello, da Compugraf, reforça que ao receber um e-mail de lojas ou promoções, atente-se ao remetente e domínio. “Vale pesquisar no Google ou no site da marca se aquele endereço eletrônico existe”, explica. “Caso fique em dúvida sobre o link que recebeu no e-mail, feche a página e acesse direto do seu navegador o endereço oficial daquele site”, completa.
Golpes cibernéticos pelo método de pagamento e wi-fi público
Uma dúvida ainda muito comum, mesmo aos adeptos das compras online, e principalmente aos que fazem isso pela primeira vez, e referente à forma mais segura de realizar os pagamentos. “Atualmente o método mais seguro continua sendo o cartão de crédito. Mas os aplicativos de “Carteira Digital”, como o Paypal, PicPay e similares, também são uma opção muito interessante. Se o usuário tiver algum problema com a compra, ele pode contatar a empresa responsável pelo pagamento, que possui recursos para minimizar o problema”, explica Riviello.
Riviello alerta ainda que as redes públicas de acesso à internet não são indicadas para a realização de qualquer transação financeira. “Como não há uma proteção, como senhas para acesso, o alto fluxo de pessoas conectadas é um prato cheio aos cibercriminosos. Evite fazer qualquer compra nesse cenário”, finaliza.