Especialistas da Jahe Marketing destacam métodos para o novo cenário digital brasileiro
Foi há pouco tempo que o Google anunciou o AI Overview, sua própria ferramenta de Inteligência Artificial (IA). De acordo com a empresa, a grande mudança será a personalização das respostas às pesquisas. Ou seja, quando o buscador receber uma consulta, não fornecerá links para textos, vídeos, redes sociais ou mapas — ela dará uma resposta direta. O objetivo aqui é facilitar a vida do usuário, que não terá de fazer uma curadoria entre os resultados da pesquisa para achar o que precisa; o próprio Google fará isso e entregará a melhor resposta.
Contudo, na prática, a mudança pode fazer com que os usuários visitem menos páginas, e como consequência, interajam menos com sites e outros ambientes digitais criados por outras empresas. E isso pode alterar completamente a estratégia de marketing e vendas de várias delas.
Veja o que Thais Faccin, sócia da Jahe Marketing prevê sobre a IA do Google
“Vamos dar um exemplo: você acabou de se mudar de bairro e está procurando uma academia nova para treinar. Você vai no buscador do Google e digita ‘10 melhores opções de academias no [complete com o seu bairro] e perto da minha casa’. Em vez de vários links gerados automaticamente e ranqueados a partir de palavras-chave, ou de um mapa confuso com vários pontos marcados, você receberá uma lista completa e organizada – numa ordem definida pela AI Overview”, prevê Thaís Faccin, sócia da Jahe Marketing.
A ferramenta já está integrada ao buscador do Google nos Estados Unidos e, até o final de 2024, chegará a bilhões de pessoas em todo mundo.
“Em termos de marketing, isso muda o campo de jogo, e colocará as empresas em uma nova corrida por atenção e audiência. Isso porque o papel da empresa na web, como distribuidora e monetizadora de atenção, é enorme. Qualquer alteração em seu mecanismo de busca tem consequências nas estratégias das marcas”, diz a especialista.
Para a sócia Satye Inatomi usar o Google se tornou algo comum, como respirar
“Utilizar a ferramenta de busca se tornou uma ação tão cotidiana e natural quanto respirar”, opina a também sócia Satye Inatomi. Ela aponta que o Google é responsável por mais de 90% das pesquisas na web em todo o mundo – 99% no Brasil. Mais de 50% das buscas no Google resultam em cliques em um dos três primeiros resultados. E ele detém mais de 70% do mercado de pesquisa paga em todo o mundo.
Mas, para empreendedores e empresas, o desafio fica ainda maior. Como produzir conteúdo que seja encontrável na internet e usado nas respostas da AI Overview? O que vai acontecer com essa estrutura toda uma vez que a AI Overview deve diminuir drasticamente as taxas de cliques, a rolagem das telas, as pesquisas feitas em múltiplas fontes? Isso significa que as propagandas serão menos vistas, menos clicadas?
Veja o que pensa Inatomi uma das especialistas da Jahe Marketing sobre a IA do Google
“Será preciso acompanhar o desenvolvimento e a utilização da nova ferramenta para entender como as peças deste quebra-cabeça voltarão a se encaixar. No entanto, vale a pena investir em alguns elementos que, até onde sabemos, fazem parte da trilha que as IAs percorrem para entregar uma pesquisa”, diz Inatomi.
Uma delas é o conteúdo que possa responder a perguntas comuns e que, por conseguinte, são incluídas nos snippets – blocos de informação que aparecem no topo da página de pesquisa e são frequentemente usados por IAs.
Esses sistemas foram projetados por nós para oferecer respostas rápidas e objetivas, sem que o usuário precise clicar em links. A princípio, de acordo com o próprio Google, quando a plataforma reconhece uma pergunta na hora da pesquisa, sua programação detecta páginas que respondem a pergunta, exibindo esse conteúdo como resultado principal dentro desses blocos.
“Paralelamente, vale a pena criar seções de perguntas frequentes (os FAQs), com respostas rápidas. Plataformas de inteligência artificial podem ‘pescar’ mais facilmente o seu material. É mais provável que sistemas de IA citem sites com alta autoridade.
Por fim, até lá, a certeza é que a competição entre as marcas e a disputa pela atenção do público estarão cada vez mais ferrenhas. Contudo, é preciso criatividade, saber se adequar às mudanças do mercado e elaborar as melhores estratégias para alavancar seu negócio.
Fontes: Terra, Thing with google