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Estação meteorológica do Pantanal amplia cobertura para todo Estado, com dados climáticos precisos Foto: Secom/Gov.ms

Operada pelo Cemtec-MS, primeira estação meteorológica instalada no Pantanal começa a transmitir dados

Primeira estação meteorológica instalada no Pantanal está em fase de testes

A primeira estação meteorológica instalada no Pantanal, que integra a rede de estações do Governo do Estado operacionalizadas pelo Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), começou a transmitir sinais em fase de teste. A estação está localizada na Fazenda Campo Zélia, região da Nhecolândia, no município de Corumbá.

O serviço de instalação foi concluído (18 e 20) e deu início à transmissão automática dos dados à base da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), sediada nos Estados Unidos, que concentra as informações de todo o mundo e redistribui para os organismos nacionais que formulam os boletins sobre o tempo.

Outras 18 novas estações meteorológicas serão instaladas na sequência, ampliando assim a cobertura para todo o território sul-mato-grossense. Só na região do Pantanal serão instaladas oito estações. No total, Mato Grosso do Sul terá 61 estações interligadas, sendo 42 adquiridas e instaladas pelo Governo do Estado e outras 27 de propriedade do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Novas estações meteorológicas

Os técnicos equiparam as novas estações meteorológicas com caixa de acondicionamento em alumínio com escudo de proteção. Além disso, as novas estações possuem datalogger QML201C/VAISALA, módulo DSU232 e módulo DSI486. Também contam com regulador de carga QBR101, bateria 12v/26Ah e painel solar com potência de 50W. Os equipamentos incluem modem e antena GOES com conectores militares, torre tubular em alumínio de 10 metros com suportes, kit de aterramento e para-raio tipo franklin. Ademais, há sensor de temperatura e umidade relativa do ar HMP155 com abrigo meteorológico, sensor de velocidade e direção do vento ultrassônico WMT700, sensor de radiação solar global CMP6, pluviômetro RG13/N2N2 e sensor de pressão atmosférica BARO1.

A Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) firmou parceria com a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja). O valor investido foi de R$ 7,89 milhões para execução do projeto de expansão da rede de monitoramento do tempo. Além disso, o projeto está sob coordenação do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

Com esse investimento, será possível obter informações precisas e instantâneas das condições climáticas de todos os pontos do território sul-mato-grosense.

Ampliação das estações

A ampliação da rede de estações meteorológicas vai fornecer dados climáticos consistentes e precisos. Esses dados são essenciais para a tomada de decisões estratégicas que promovam o desenvolvimento sustentável do Estado. Além disso, a geração de informações subsidia o planejamento em diversos setores da economia, como agronegócio, indústria e turismo. Ademais, as informações facilitam a prevenção de desastres climáticos, como incêndios florestais.

“Vamos melhorar a cobertura espacial dos dados meteorológicos em Mato Grosso do Sul, aprimorar a previsão do tempo e proporcionar uma série histórica de coleta de dados climáticos essenciais para o Estado. Isso vai permitir o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes no enfrentamento de problemas ligados a fenômenos ambientais. As novas estações preenchem vazios que havia em regiões, sobretudo da bacia do rio Paraguai, onde não se tinha informações precisas sobre níveis de precipitação, temperaturas e outros dados climáticos”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Das 19 novas estações meteorológicas, haverá instalação de 11 delas nos municípios de Alcinópolis, Amambai, Anaurilândia, Água Clara, Inocência, Figueirão, Naviraí, Nioaque, Ribas do Rio Pardo, Paraíso das Águas e Corguinho. Haverá instalação de outras oito na Planície Pantaneira, distribuídas em regiões como Rio Paraguai, Nabileque, Nhecolândia, Abobral, Cáceres e Paiaguás.

Estação meteorológica do Pantanal vai auxiliar na cobertura de todo o território

“Essas estações vão permitir a cobertura de todo o nosso território. Na região do Pantanal, que hoje conta com apenas uma subestação, teremos sete estações meteorológicas. Assim, haverá ampliação do monitoramento do clima no bioma. Isso favorece a pesquisa científica e promove uma série de outros benefícios para a região”, acrescentou Jaime Verruck.

De acordo com a coordenadora do Cemtec, meteorologista Valesca Fernandes, a ampliação da rede permite um melhor monitoramento da variabilidade climática. Além disso, possibilita uma compreensão mais profunda das mudanças climáticas e seus impactos na região, como secas prolongadas e chuvas intensas. Com um maior número de dados coletados, as previsões meteorológicas se tornam mais acuradas. Isso favorece a calibragem dos modelos de previsão e, consequentemente, resulta em serviços meteorológicos mais eficazes”.

Em resumo, é importante salientar que as estações meteorológicas adquiridas pelo Governo do Estado enquadram-se no Padrão Inmet e OMM (Organização Mundial de Meteorologia). Além disso, os dados estarão à disposição da população para consulta nas plataformas do Inmet e do Cemtec-MS.

Fonte: Secom/Gov.ms