Entenda sobre a‘zona da morte’ do Monte Everest, e por qual motivo os corpos de alpinistas sempre são encontrados no local
Imagine chegar até uma altitude que seu corpo praticamente não aguenta mais. Ele não funciona adequadamente por muito tempo, o oxigênio é baixo e a pressão do ar é muito pequena. Isso tudo está na chamada ‘zona da morte’ do Monte Everest, a montanha no Nepal e na China de maior altitude da Terra onde sempre é encontrado corpos de alpinistas. Para chegar até essa região, há uma espécie de ‘linha’, quando se cruza os 8 mil metros – o pico é 8.848,86 metros.
Sobretudo, a região não tem o nome à toa. Quem permanece por mais do que um período mínimo nela, corre um alto risco de morrer. Todavia, entre as possíveis fatalidades estão hipotermia, confusão, alucinações e edemas cerebrais e pulmonares. Em alguns casos, todos até mesmo em conjunto, gerando uma morte praticamente instantânea.
Por isso, quem se arrisca nessa área costuma levar equipamentos especializados e também tanques de oxigênio. Além disso, eles normalmente andam em equipe e nunca sozinhos, justamente para ser um apoio em uma situação complicada.
O recordista de visitas até a ‘zona da morte’ é o guia nepalês Kami Rita Sherpa, que já escalou a montanha por mais de 30 vezes. Em todas, saiu bem, por sempre ir extremamente preparado para evitar qualquer situação.
‘Sou saudável. Posso continuar até os 60 anos [ele tem 55 atualmente]. Utilizando oxigênio extra, não é grande coisa’, contou em entrevista à BBC.
O que é a ‘zona de morte’ do Everest e, porque os corpos de alpinistas mortos ficam por ali, veja mais detalhes a seguir sobre
Segundo cientistas, a partir de 5,4 mil metros já começa a haver um perigo para o corpo, com a perda de oxigênio e uma dificuldade cada vez maior de respirar. Ao chegar até 7 mil, o corpo começa a ‘acelerar’ todos os problemas que vinham antes. Em 8 mil essa dificuldade aumenta ainda mais.
Até mesmo por conta da aproximação com a morte, muitos não conseguem voltar. Ao morrer em uma área tão inóspita, não há como outra pessoa conseguir trazer o corpo de volta e nem mesmo um resgate ir até a região.
Por isso, esses corpos mortos ficam por lá mesmo. Desse modo, por conta das cores de agasalhos e vestimentas, eles chegam até a mesmo a ser uma espécie de ‘ponto de referência’ para alguns alpinistas que estão subindo.
Para um escalador, chegar até a ‘zona da morte’ é uma tarefa árdua, mas se faz já sabendo que as chances de sobrevivência não são as maiores. E nem mesmo isso deixa de gerar uma vontade nos cerca de mil alpinistas que tentam chegar ao cume do Everest todos os anos.
Fonte: cbn